CATÁLOGO COMENTADO
DA BIBLIOTECA
1. Denis, Ferdinand.BRÉSIL. COLOMBIE ET GUYANES, par M.C. Famin. Paris, Firmin Didot Frères, 1837. Obra ilustrada fora do texto. Encadernado original ótimo estado.
Denis foi nomeado em 1838bibliotecário da Biblioteca do Ministério da Instrução Pública. Em 1841foi transferido para a Bibliothèque Sainte-Geneviève, onde exerceu a função de conservador até 1865, quando passou a administrador, cargo que exerceu até ser aposentadocompulsoriamente em 1885. Foi um escritor infatigável, sobre o Brasil, entre história, costumes e literatura escreveu diversos livros e artigos ao longo de mais de sessenta anos.
Sua dedicação em favor da cultura brasileirafoi muito apreciada pelos intelectuais e governantes brasileiros e lhe valeu a comenda da Imperial Ordem da Rosae a Imperial Ordem do Cruzeiro, na categoria de oficial. Na Françarecebeu a Cruz da Legião de Honra. Uma de suas obras: Resumo Histórico do Brasil, publicado no Brasil em 1831foi adotado pelas escolas brasileiras durante o segundo reinado.
Esta obra do jornalista FERDINAND DENIS é muito cobiçada pelos colecionadores de iconografia brasileira. É ricamente ilustrada com 100 preciosas gravuras impressas sobre chapa de aço, preto e branco, que poderiam ser posteriormente coloridas, apenas por especialistas.Nossos exemplares completos são raríssimos e íntegros sendo que um deles ainda mantém sua capa de brochura original, e sem aparos nas margens.O que torna essa obra cada vez mais rara é o comercio de suas gravuras para decoradores, que simplesmente desmancham os livros para emoldurarem suas gravuras.
2. Spix And Martius. TRAVELS IN BRAZIL, in The Years 1817/1820. London. Longman, 1824.
First edition in English. In the four years Spix traveled in Brazil, he amassed a truly groundbreaking collection of plants, insects, and birds and had the good fortune to get all of them back to Germany safely. Between 1824 and 1834 he published important works on the plants, snakes, fish, and birds he collected; the last has been described as “a classic and fundamental treatise on the birds of Brazil, with a description and portrayal of many new species” (Wood, 579).
His account of the expedition begins with the obligatory chapters devoted to the crossing and a description of Rio de Janeiro. The narrative warms when he escapes the city to a mountainside spring: “When exhausted by exertion and fatigue we often refreshed ourselves here with the cool water, and, overshadowed by the trees teeming with life, in sight of the distant sea, examined our ample booty in birds, insects, and plants. We can never forget the feelings that were excited in us here; and only the man of a tranquil mind, who feels himself happy in the enjoyment of the beauties of nature, can appreciate the extent of the bliss, which we pilgrims from the north experienced among such magnificent profusion.”
The cloth has a few stains and discolorations; the plates have been expertly washed to remove foxing. Scarce. (Wood, 579).
Essa edição em inglês da obra, desses dois cientistas alemães é extremamente rara entre nós brasileiros, exatamente por ter sido editada em local distante, dessas nossas paragens e por existirem ainda poucos exemplares íntegros. Devemos notar o fato de que esses poucos já ocupam estantes de bibliotecas oficiais e não serão jamais levados novamente ao comercio alfarrabista.
3. MAXIMILIAN 1815 , 181...et 1817. Traduit par J.B.B. Eyriès. 1821. 3 vols texto e Atlas.
This paper analyzes how Brazilian Indians are depicted in the illustrationsof the travel account Deux Années au Brésil by François- Auguste Biard (1799– 1882). Published by Hachette in Paris in 1862, the book includes 180 wood engravings, drawn by Édouard Riou from Biard's original sketchesand engraved by several French artists. The way the painter representsthe Indians reveals the kind of relationship he kept with them during his journey in Brazil. Even if most of the engravings are ethnographic portraits, some images give rise to a new representation of Brazilian Indians, as corrupted and diabolic. Several portraits of "civilized" natives are almost caricatures. Seeking to entertain the reader, many engravings depict conflicts between the painter and his models. In some illustrations, while Biard isthe powerful hero, Indians are ridiculed. But even using stereotypes and exaggeration, these images show how close the painter's relationship withhis Indian models is.
Essa obra adquirida na Livraria Parthenon ainda instalada na Avenida Paulista, enquanto administrada por Alvaro Bittencourt, ex sócio do famoso bibliófilo José Mindlin, é extremamente rara completa e possivelmente pertenceu a sua coleção, pois após a morte de Bittencourt, seu filho vendeu anunciando nos jornais que eram realmente da coleção do ex-sócio de seu pai. Claro que devemos considerar que se fizer acompanhada do Atlas, com as gravuras, fica quase impossível de se encontrar a venda no mercado livreiro mundial. Nosso exemplar está em excelente estado de conservação e completo, inclusive com o Atlas.É obra de alto valor e muito rara.É da edição francesa, tirada no inicio o século XIX.
4. Ptolemaei, Cl.. GEOGRAPHIA ALEXANDRINI. Ilustrado com seis4 cartas fora do texto com cancela, capa em pergaminho de época.
-Very rare. A new edition, revised and annotated by Josephus Moletius. Contains the same series of double-page maps as the 1561 edition, which are partly based on those of Jacopo Gastaldi in the edition of 1548, but on a larger scale. According to Nordenskiold, two important innovations were introduced (by the 1561 edition) into cartographical literature. One: the division of the Map of the World in two hemispheres. Two: The re-issue of the Zeno Map of the Arctic Regions, which had appeared first 3 years before. "If the remarkable map in this little work had not received extensive circulation, under the sanction of Ptolemy's name, it would probably have been forgotten. During nearly a whole century it exercised an influence on the mapping of the northern countries, to which there are few parallels in the history of cartography". Sabin 66489; Thacher II, p.40; Nordenskiold p.26 no. 30; JCB I/I, p. 214; Stevens, p.50. Olim a Bilibaldo Pirckheimherio traslata, a nunc multis codicibus graecis collata, pluribusque in locis ad pristinam ueritatem redacta a Iosepho Moletio Mathematico. 2 parts with separate pagination. [8], 112, 286, [1] blank, [257], [64]pp. index. Short thick 4to, bound in full stiff vellum (very sound and complete copy; some dampstains, but none too severe), red edges. Illustrated with 64 fine double-leaf copper engraved maps, including the rare "World in Hemispheres". Additional large in-text engravings and decorative initials throughout. Venetia: Apud Vincentium Valgrisium, 1562. Text in Latin. [Attributes: Hard Cover]
Todos nós já ouvimos falar da obra do cartógrafo do qual no século XVI passou-se com o advento da impressa a publicar suas obras, foram várias edições que o grande público não se cansara de cobiçar, era uma das poucas obras não religiosas a estarem a disposição do grande público,portanto Cláudio Ptolomeu. Todos os antigos estudiosos deixavam bem claro que sua obra era básica. Não podia faltar em nenhuma estante de Geografia da época. Hoje raríssima, pois a maioria de suas diversas edições; já foram desmanchadas pelos colecionadores de mapas antigos. Essa nossa edição está ainda com a capa em pergaminho de época e completa. São mais de cento e vinte mapas gravados em cobre. Ainda em preto e branco. Traz também dois mapas sobre o Brasil, sendo que um deles é da América do Sul. O mapa do Brasil é um dos primeiros impressos sobre nosso país. Nada poderia ser mais primitivo.É impossível encontrar outro exemplar a venda, principalmente completo.
5. -Koster, Henry. TRAVELS IN BRAZIL. Second edition. London. Longman. 1817. Gravuras coloridas a mão for a do texto.
O livro de Koster veio a ser dedicado a Robert Southey, “o poeta laureado da Inglaterra”, possuidor da preciosa biblioteca de 14.000 volumes, da qual ele se valera em suas consultas, e autor do clássico History of the Brazil3 v., impresso na mesmaeditora inglesa entre 1810 e 1819. Southey foi um dos primeiros a elogiar a obra de Koster, em artigo publicado na Quarterly Review (XVI n.º 32, janeiro de 1817. p. 344-387). Seguindo-se a este, outros mais exaltaram o seu livro de viagens: o ensaísta John Foster, na Ecletic Review, diz ser a sua “obra de mérito considerável, tanto pelas informações que encerra quanto pelos princípios de justiça e de humanidade que ajuda a confirmar”;Augustan Review, dezembro de 1816; European Magazine, de janeiro de 1817; James Henderson, in The History of the Brazil etc. (Londres: Longman, 1821), que o conheceu nos seus últimos dias, em fins de dezembro de 1819, diz ser ele mundialmente célebre pelo seu trabalho sobre o Nordeste do Brasil. Observa Alfredo de Carvalho que “cinqüenta e três anos depois, o famoso Richard Burton chamava ao autor– the acourate Koster – sua obra The highlands of the Brazil (London: Tinsley Brothers, 1869) e diversas edições, reimpressões e traduções atestam o justo apreço que a sua obra alcançou”.[6]
Ao entregarmos ao público ledor mais uma edição da obra clássica de Henry Koster, que recebeu o título em português de Viagens ao Nordeste do Brasil, julgamos por bem chamar a atenção da crônica desses viajantes no registro da evolução da paisagem brasileira nesses últimos séculos.
De todos os que se aventuraram em percorrer os sertões brasileiros, mesmo entre aqueles que apenas registraram aspectos de nosso litoral, foi o inglês Henry Koster o que melhor soube expressar os sentimentos de nossa gente. Dominando perfeitamente a língua portuguesa, ele logo integrou-se na vida societária de então chegando a ser senhor de engenho em Itamaracá, onde era conhecido como Henrique da Costa, daí a precisão e riqueza de detalhes contidas em suas narrativas acerca da paisagem, usos e costumes do início do século XIX no Nordeste brasileiro.
Sua obra, surgida em Londres no ano de 1816, logo alcançou sucesso através de sucessivas reedições e publicações em outros países, passando a ser fonte de consulta e citação obrigatória por todos que escreveram sobre o Brasil a partir de então. No século XX, a sua obra ganhou uma especial tradução a cargo do mestre Luís da Câmara Cascudo, que a acresceu de notas e comentários da maior valia para o leitor dos nossos dias.
A riqueza que representa esse exemplar em matéria de arte gráfica é impressionante, pode ser considerada uma jóia da bibliográfia antiga. Suas lindas gravuras impressas em água-tinta são coloridas de época, a mão. Por isso, deve permanecer longe das vistas dos antiquários e decoradores. Do contrário será imediatamente desmanchado para comércio decorativo.Nosso exemplar está encadernado pelo famoso encadernador Mártir.Integro da maneira como está preservado, não será possível encontrá-lo exposto para venda em prateleiras alfarrabistas.
6. Henderson, James. A HISTORY OF THE BRAZIL. London. Longman, 1821. Ilustr. For a do texto color
James Henderson, in The History of the Brazil etc. (Londres: Longman, 1821), que o conheceu nos seus últimos dias, em fins de dezembro de 1819, diz ser ele mundialmente célebre pelo seu trabalho sobre o Nordeste do Brasil. Observa Alfredo de Carvalho que “cinqüenta e três anos depois, o famoso Richard Burton chamava ao autor– the acourate Koster – sua obra The highlands of the Brazil (London: Tinsley Brothers, 1869) e diversas edições, reimpressões e traduções atestam o justo apreço que a sua obra alcançou”.
Vê-se pelos informes acima que a importancia dessa obra no mercado mundial. Tratá-se da edição original em bom estado de conservação. Ilustrado tornando mais raro e impossível de encontrá-lo.
Esse exemplar da obra de Henderson é muito raro, pois traz encadernado junto com o texto todas as suas gravuras, lithografadas na época e em ótimo estado de conservação.É primordial preservá-lo nestas condições, porque suas pranchas são cobiçadas pelos colecionadores de gravuras antigas sobre o Brasil, os decoradores não terão o mesmo cuidado, ele será desmanchado rapidamente. Raríssimo no atual estado.
7.Philomneste Junior: LA BIBLIOMANTE EM 1881. Bibliographie rétrospective des adjudications les plus remarquebles foites année et la valeur primitive de ces ouvrages par... Bruxelles, Gay et Doucé, 1882
La bibliomanie en 1878 : Bibliographie rétrospective des adjudications les plus remarquables faites cette année et de la valeur primitive de ces ouvrages / Philomneste Junior
Esta obra bibliográfica é como muitas, básica em uma biblioteca que se propõe a auxiliar e dar verdadeiro suporte ao colecionador e bibliófilo. Muita rara no continente sul americano.Muitos exemplares, não sobreviveram às guerras européias, tornando este cobiçado pelos aficionados da área e pesquisadores.
8. Baouchot, Henri: DES LIVRES MODERNES QU'IL CONVIENT D'ACQUÉRIR. Paris, Édouard Rouveyre, 1891.
BOUCHOT, Henri François Xavier Marie.Des livres modernes qu'il convient d'acquérir . . . L'art et l'engouement—La bibliofolie contemporaine—Les procédés de décoration. Bibliothèque des Connaissances Utiles aux Amis des Livres.
Paris, Edouard Rouveyre, 1891. 100 pp., illustrations in text, 14 plates (2 of them in color). 4º,later green half morocco over dcorated boards (faded, especially at spine; slight wear) spine with raised bands in six compartments, gilt letter, marbled endleaves, top edge gilt, other edges uncut, original illustrated wrappers bound in. Binder's ticket of A. David, Lisbon, on front flyleaf. Uncut. A fine copy internally; overall very good to fine. Bookplate of José dos Santos, noted Portuguese bibliographer. N 54 of 750 copies (1 of 20 on Whatman paper). FIRST EDITION. A physical and textual explication of—and unabashed apology for—French tastes in book collecting. On the binder Alfredo David (Lisbon 1863–1930), "Um artista consagrado", see Matias Lima, Encadernadores portugueses, pp. 88–92.
Price: USD 150.00 other currencies order no. 20522
Da mesma forma que as notas oferecidas ao livro acima cadastrado, deverão estas ter o mesmo valor de referencias, dadas este livro de Bouchot. Obviamente como obra tipográfica esta é bem superior, pois é enriquecida pelas ilustrações em gravuras originais.
9. Maillard, Firmin: LES PASSIONNÉS DU LIVRE. Paris, Émile Rondeau, 1896. Edição limitada de 225 exemplares.
Paris, Rondeau, 1896. In-8 (135 X 205) broché, couverture rempliée, page de titre imprimée en rouge et noir ; 156 pages. In-8 (135 X 205) paperback, rempliée capa, folha de rosto
impressa em vermelho e preto, 156 páginas. EDITION ORIGINALE. UN des 200 EXEMPLAIRES numérotés sur papier vergé à la forme. Um dos S 200 exemplares numerados, em papel vergê no formulário. Dos bruni, quelques rousseurs, néanmoins BON EXEMPLAIRE. Dos bruni, alguns rousseurs contudo.
Obra rara como as duas anteriores, também básica para bibliófilo; leva-se em conta, para que possamos garantir essa raridade, deste exemplar de que hora falamos o fato de ser um de uma tiragem de apenas 225 exemplares. É impressa sobre papel vergê de alta qualidade. Não teremos outro exemplar à disposição dos livreiros e colecionadores tão brevemente.
10- Sem Autor: CORRESPONDANCE DE DON PÈDRE PREMIER EMPEREUR CONSTITUTIONNEL DU BRÈSIL. Avecte Leu Roi de Portugal Dom Jean VI, son Père Durant les troubles du Brésil. Paris, Tenon, 1827.
PEDRO I, Imperador do Brasil. Correspondance de Don Pedre Premier, Empereur Constitutionnel du Bresil, avec le feu Roi de Portugal Don Jean VI, Son Pere, durant le troubles du Bresil / traduite sur les lettres originales ; precedee de la vie de cet empereur et suivie de pieces justificatives par eugene de monglave. -- Paris : Tenon, 1827. 360 p. ; 20 cm.
Essa obra com as cartas de D. Pedro I a D.João rei de Portugal é importantíssima para os estudiosos de historia do Brasil. Deve-se fazer constar em qualquer biblioteca que se julgue digna e verdadeira brasiliana. É nela que estão documentadas informações preciosas sobre o Império Brasileiro fundamentais para historiadores. Esta comentada por Eugene de Monglave. É importante também notar que raramente vai se encontrar novamente em algum alfarrabista outro exemplar desta obra incomum pelo fato de ter sido impressa na Europa em pleno século XIX e por ter vindo para o Brasil poucos exemplares.
11. CATÁLOGO DE INCUNÁBULOS DA BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO. Rio de Janeiro, MEC, 1957.
Formato 19 x 26 cm, 377 pág. De 1885 o precioso Catálogo da Exposição Permanente dos Cimélios, minuciosa descrição de algumas espécies raras, de exemplares únicos, de manuscritos inéditos e de estampas valiosas que se entesouram nas estantes, nos cofres e nos arcazes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Em qualquer biblioteca que se julgue digna de ser especializada em referencias bibliográfica, tem obrigatoriamente que constar este catálogo. Sem ela é impossível estudar Incunábulos. Não é nada comum encontrá-lo a disposição nos alfarrabistas.
12. Harrisse, Henry: BIBLIOTHECA AMERICANA VETUSTISSIMA A DESCRITION OF WORKS RELATING TO AMERICA. Published Between the Years 1492 and 1551. Madrid,Victoriano Suarez, 1958.
"Bibliotheca Americana Vetustissima Descrição
Works relating to America Published Between the Years 1492 and 1551. New York : George P. Philes Publisher, MDCCCLXVI." (8+liv. + 519 p. 400 copies in roy. lisher MDCCCLXVI. 8*; 99 copies in 4; and 10 copies in 4 on Holland paper, for private distribution.) In this work Harrisse describes and gives the collations, mostly from personal observation, of no less than 304 important and rare books relating to America, published in various languages between 1492 and 1551, commencing with the " Epiftola Chriftofori Colom", first published in 1493, and ending with the first edition of Ramusio s collection of voyages published anonymously in 1550. As a specimen of American typography this bibliography has never been surpassed. The titles are printed in facsimile letters, and where woodcuts appear on the facsimile title-page they are also given in facsimile. Each book is described at length, and some account is also given of the author and his labors, the various editions of his works and their differences; and as all the books described are of excessive rarity, Harrisse gives the names of the American libraries in which they were to be found on the 4th of May, 1866, the period when he completed his labors. Had Mr. Harrisse done no more than here stated he would have more than fulfilled all the duties of the bibliographer ; but he has gone further, and has added to each description a list of the books in which information may be found regarding the works thus listed. Further, knowing how important it often is to the historian and to others to consult the original works on which opinions and statements are based, he carefully gives refer ences, chapter and verse, for every fact he states thus in his cias, first description of the letter of Columbus, he gives no less than ninety-one notes, chiefly references to works consulted. Bibliographies are too often mere dry catalogues transcripts of title-pages and nothing more. This volume is not to be classed with such publications. It is in fact a history, with out which no future American historian can efficientlyform his task. Nay, it is a cyclopaedia of facts relating to the early history of America, without which no large library can be considered complete. In his introduction, which, by the way, contains an admirable defence of Bibliography as a science, the author enumerates the labors of his predecessors.
Como podemos notar essa obra de referências bibliográficas é importantísima, pois as mesma são ainda hoje, atualíssimas, não foram superadas. Traz argumentos sobre as obras nela citadas, que nos permite visulizar com precisão o mesmo libro.
Difícilmente alguma obra que relata ou trata de asuntos sobre as Américas não encontra importância neste catálogo, minuciosamente elaborado por Harrise.
13. Gama, João de Saldanha da: CATALOGO DA EXPOSIÇÃ PERMANENTE DOS CIMELOS DA BIBLIOTECA NACIONAL. Rio de
Janeiro, G. Leuzinger e Filhos, 1885.
CATALOGO DA EXPOSIÇÃO PERMANENTE DOS CIMELIOS DA BIBLIOTECA NACIONAL. Publicado sob a direcção do Bibliothecario João de Saldanha da Gama. Rio de Janeiro. Typ. de G. Leuzinger & Filhos. 1885. In-8º gr. de 1059 - XIII págs. e 5 estampas. Encs.
Importantíssimo e valioso Catálogo dos Cimélios da biblioteca do Rio, na sua maioria levados para ali por D. João VI. É do maior interesse, pois descreve espécies de alto valor e raridade, como livros, cartas geográficas, manuscritos, estampas e moedas. Colaborado pelos especialistas daqueles assuntos. Com 5 estampas no final. RARO.
14- Bernardes, Pe. Manoel: ESTIMULOS DO AMOR DIVINO. Opusculo tirado do livro que le intitula luz e calor. Lisboa, Miguel Rodrigues, 1758.
Nasceu em Lisboa, em 1644. Aos trinta anos, ingressou na Congregação do Oratório de S. Filipe Néri, imerso no silêncio claustral, a meditar e a compor sua obra moralista.
Enlouqueceu dois anos antes de falecer, em 1710
Padre Manoel Bernardes magnífico pensador católico dos séculos XVII e XVIII. Morreu ainda jovem, mas teve uma pequena e rica produção. Doente morreu em 1710. Mesma época em que termina a obra Luz e Calor. Exatamente de onde se extraiu Os Estímulos do Amor Divino, é possível que com edição exclusiva esses Opúsculos tenham tido ai sua primeira edição. Não se tem conhecimento deste exemplar ter aparecido em algum alfarrabista nas ultimas décadas.
15- Bonucci, Antonio Maria: EPITOME CHRONOLOGICO GENEALOGICO E HISTORICO. Missionario na Provincia do Brasil. Lisboa, Antonio Pedrozo Galram, 17
Esse religioso nascido em Portugal porem de origem italiana, genealogista planejou essa obra porem excluindo autores estrangeiros, mesmo tendo, os mesmos escrito obras sobre o Brasil. Não é uma obra pequena por isso mesmo muito importante para os pesquisadores e bibliófilos. Para os livreiros comprometidos em informar aos seus clientes sobre a obra que oferecem é imprescindível consultar essa obra de Bonucci. Muito rara não se tem noticia dela ter aparecido em alfarrabistas nos últimos anos.
16- Florez, P.M.Fr. Henrique: CLAVE HISTORIAL CON QUE SE ABRE LAPUERTA A LA HISTORIA ECLESSIASTICA Y POLITICA. Madrid, Antonio Marin, 1749.
Este libro é extremamente raro. Importante para o estudioso de textos religiosos e sua influencia na política. Obviamente o coleccionador e o historiador tem todos os motivos para pleitear tal obra. Publicada em Madrid e em pleno século XVIII, faz com que apenas alguns raros exemplares estejam ainda integros no Brasil. Não se tem noticias de edição mais recente.
17- Monsenhor Gaume: MORTE AO CLERICALISMO DU RESURREIÇÃO DO SACRIFICIO HUMANOTradução de José Gonçalves d'Aguiar. Lisboa, Livraria Catholica, 1879.
Título: MORTE AO CLERICALISMO OU RESURREIÇÃO DO SACRIFICIO HUMANO. Traduzida da edição franceza por José Gonçalves d'Aguiar.
Autor: GAUME, Monsenhor.
Ano: 1879
Editora: Lisboa. Livraria Catholica. 1879. In-8º de 146, [2] págs. Br.
Da "Bibliotheca das Familias Christãs". Bem conservado.
(Literatura Portuguesa - Religião)
Essa obra de Gaume é rara e básica para os estudiosos de assuntos religiosos e a sua influencia na política. Essa é uma tradução de época, é livro raro e bem conservado.
18- Sanderus: HISTOIORE DU SCHISME D'ANGLETERRE. Paris, André Pralard, 1783.
As obras de Antonius Sanderus são raras e nas Casas Bibliograficas europeias alcançam valores altíssimos. As edições do século II em estado razoável passam dos 30.000 euros.
'L'histoire religieuse d'Angleterre depuis le schisme jusqu'à nos jours. L'Angleterre et la réforme au seizième siècle' [A religious history of England from the Break with Rome to the present. England and reform in the 16th century]
19- Charlevoix, P. Pedro Francisco Javier: HISTORIA DEL PARAGUAY. Anotaciones P. Muriel. Madrid, Victoriano Suárez, 1910.
Charlevoix (P. Pedro Francisco Javier). Historia del
Paraguay. Anotaciones y correcciones latinas del P. Do-
mingo Muriel. Traducciôn al castellano por el P. Pablo
Ilernândez. T. I. Madrid, Victoriano Suârez, 8", 402 pp. —
10 ptas. (Colecciôn de libros referentes â la Historia de
America, XL)
Maria Cristina Bohn Martins refere-se a obra de Charlevoix abaixo.
CHARLEVOIX, P. Pedro Francisco Javier de. SJ., Hístoria del Paraguay escríta en francés pr el P. Pedro Francisco
Javier de Charlevoix de la Compania de Jesús, con las anotaciones y correciones del P. Muriel, traducida al castellano
por el P. Pablo Hemández. 6 tomos. Madrid: Libreria General de Victoriano Suárez, 1910-1916 , T.l, (1910) , p. 134.
Essa obra de Charlevoix é extremamente rara, deveria servir aos muitos estudiosos dos fatos acontecidos na guerra do Paraguay.
É assunto muito divulgado e são raras as obras que se dedicam a falar do tema.
RARO, básico e muito procurado.
20- Noronha, José Feliciano de Castilho Barreto e: IRIS. Periodico de Religião, Bellas Artes, Sciencias, Lettras, Historia, Poesia, Romance, Noticias e Variedades. Collaborado por muitos Homens de Lettras. Rio de Janeiro, Iris, 1848.
ato do arquivo:
As solicitações à Mesa do Desembargo do Paço continuaram a existir no .... periódicoÍris, publicado no Rio de Janeiro, em 1848. Em um artigo intitulado “As ... Variedades, redigido por José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha. ...
Aqui foram feitas 16 denunciações, sem prisões durante os 15 dias de graça, .... Quem viu esse texto manuscrito foi José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha, que trouxe uma cópia de Portugal para o Brasil e na revista Íris, de 1848, ...
Noronha, José Feliciano de Castilho Barreto e.
Iris classico : ordenado e offercido aos mestres e aos alumnos das escolas brasileiras / por José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha ..
[Lisboa], 1859
233, [6] p : illus ; 19 cm
POLIGRAFIA – PORTUGAL
LIVRO
Exemplares na biblioteca IEB
Livro de José Feliciano de Noronha raríssimo no Brasil.
Para estudiosos de assuntos religiosos e a influencia nas artes na literatura e política.
Raro no Brasil, pois somente alguns exemplares podem ser encontrados aqui e ainda em coleções definitivas, já, portanto fora do alcance do colecionador obstinado.
Dado a época em que foram publicados muitos exemplares depois disso já se perderam no tempo. Raro, antigo e básico.
21- Gama, Miguel do Sacramento Lopes: LIÇÕES DE ELOQUENCIA NACIONAL. Rio de Janeiro, Paula Brito, 1846.
Em 1846 assumiu a cadeira de deputado por Alagoas e publicou, no Rio, Lições de Eloqüência Nacional, que teve uma segunda edição no Recife em 1851. Em 1847 foi novamente diretor do Curso Jurídico até 1850, quanto retornou ao Liceu e, no ano seguinte, foi nomeado diretor-geral dos estudos na província. Em 1852 foi ao Rio de Janeiro, onde colaborou na Marmota Fluminense. Faleceu nesse mesmo ano no Recife. (Fonte: GAMA, Lopes. Textos Escolhidos por Luís Delgado. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1958. “Apresentação”.)
[1] GAMA, Lopes. “O nosso gosto por macaquear.” O Carapuceiro, 14/01/1840). In: O Carapuceiro: Crônicas de costumes. Organização Evaldo Cabral de Mello. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, pp. 346/347.
[1] GAMA, Lopes. “O Vadiismo” . O Carapuceiro, 17/06/1837. In: O Carapuceiro: Crônicas de costumes. Op. Cit., pp. 197/198.
O CARAPUCEIRO PRERIODICO SATIRIO OU PERIODOCO SEMPER MORAL E SO PER ACCIDENS POLITICOS 1832
Convém salientar que toda e qualquer obra, sobre eloqüência é cobiçada principalmente por estudantes de literatura e juristas
Esse livro é um dos raros exemplares que ainda existem, ainda da primeira edição, de Miguel Gama.
22- O INVESTIGADOR PORTUGUEZ EM INGLATERRA OU JORNAL LITERARIO POLITICO. Lisboa, S/Editora, 1817.
O Investigador Portuguez em Inglaterra ou Jornal Literário, Político, Etc., foi um periódico publicado em Londres, na Inglaterra, visando reduzir a influência do Correio Braziliense, precursor da corrente jornalística conhecida como os jornais de Londres.
O periódico mensal era patrocinado pela Coroa Portuguesa, então no Rio de Janeiro, com 14 mil cruzados por edição, tendo circulado entre Julho de 1811 e Fevereiro de 1819.
Foram seus redatores os médicos Bernardo José de Abrantes e Castro(embaixador de Portugal em Londres), Vicente Pedro Nolasco da Cunha e Miguel Caetano de Castro e, a partir de Janeiro de 1814, José Liberato Freire de Carvalho. A sua tipografia também compôs outros dos jornais de Londres à época.
Encontrar um exemplar de periódicos impressos na Europa no inicio do século XIX, aqui no Brasil é coisa quase impossível, leva-se em conta que esse, do qual hora nós falamos é de contestação ao mais influente de todos os periódicos, o Correio Brasilense.
É raro na Europa e mais ainda aqui no Brasil.
23- Arrabida D. Frei Antonio D’: A IMPIEDADE CONFUNDIDA OU REFUTAÇÃO DA CARTA DE TALLEYRAND ESCRIPTA AO PAPA PIO SEPTIMO. Rio de Janeiro, Typ. de Torres, 1830.
Depois da mudança da família real para o Brasil (1807), frei Antônio de Arrábida tornou-se seu principal preceptor, porém o príncipe, continuou avesso aos estudos e preferia a vida solta no paço de São Cristóvão e na fazenda de Santa Cruz. Em março de 1816, com a elevação de seu pai a rei de Portugal, recebeu o título de príncipe real e herdeiro do trono em virtude da morte do irmão mais velho.
A impiedade confundida, ou Refutação da carta de Talleyrand escripta ao Papa Pio SEPTIMO.. . . .
Rio de Janeiro, Typ. Rio de Janeiro, Tip.de Torres, 1830. de Torres, 1830. (2 ll.), xiii pp., (1 blank l.), 324 pp. (2 ll.), XIII, pp., (1 blank l.), 324 pp. (2 ll.). (2 ll.). 4º, modernblack half calf, spine gilt, slight wear. 4 º, modernblack meia panturrilha, coluna dourada, ligeiro desgaste. Some soiling and stains. Algumas manchas e sujidades. Small hole in final leaf, without loss. Pequeno buraco na última folha, sem perda. FIRST EDITION; reprinted in Pernambuco, 1838. PRIMEIRA EDIÇÃO; reimpressas em Pernambuco, 1838. At the end it is stated that pp. Ao final, afirma-se que, pp. 1-128 were printed at the Officina Typographica Nacional. 1-128 foram impressos na Officina Typographica Nacional. Gonçalves dos Santos attacks a letter of Talleyrand ("Nada mais he do que huma indigesta e monstruosa compilação de horrendas mentiras, insultos, e blasfemias contra a Religião Revelada, extrahidas dos Impios incredulos tanto antigos, como modernos," p. x), and the whole of Enlightenment philosophy. Gonçalves dos Santos ataca uma carta de Talleyrand ( "Nada mais do que ele Huma indigesta e monstruosa compilação de horrendas mentiras, insultos, e blasfemias contra a religião revelada, extrahidas dos Impios incredulos tanto antigos, como modernos", p. x), e toda a filosofia do Iluminismo. The letter was in fact not the work of Talleyrand. A carta foi, de facto, não o trabalho de Talleyrand. Padre Gonçalves dos Santos (1767-1844), nicknamed "Padre Perereca" by his adversaries, was a prolific writer and translator, and played an active part in the independence movement. Padre Gonçalves dos Santos (1767-1844), apelidado de "Padre perereca" por seus adversários, foi uma escritora prolífica e tradutora, e participou activamente no movimento pela independência. For several years he engaged in a bitter debate with P. Diogo Antônio Feijó regarding clerical celibacy. Durante vários anos, envolvido em um amargo debate com P. Diogo Antônio Feijó quanto celibato clerical. Born in Rio de Janeiro, he was elected an honorary member of the Academia Real das Sciencias, Lisbon, and the Instituto Historico e Geographico Brazileiro. Nascido no Rio de Janeiro, ele foi eleito membro honorário da Academia Real das Sciencias de Lisboa, e do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro. Blake V, 414: calling for xvi, 326 pp. Blake V, 414: apelando para xvi, 326 pp. Innocêncio V, 295: also calling for xvi, 326 pp. Innocêncio V, 295: também reclamam xvi, 326 pp. On the author, see Borba de Moraes (1983) II, 774. Sobre o autor, ver Borba de Moraes (1983) II, 774. W. Martins, @História da inteligência brasileira II, 157, 164-70. W. Martins, História da inteligência brasileira @ II, 157, 164-70. Not in Rodrigues, which lists (n 1125) only the Pernambuco, 1838 edition. Não em Rodrigues, que enumera (n. 1125), apenas de Pernambuco, edição 1838. NUC: Not located in NUC.@, which lists the Pernambuco, 1838 edition at DLC, DCU-IA. Nuc: Não localizado no Nuc. @, Que enumera as Pernambuco, em 1838 DLC Edição, DCU-IA.
· USD 1,500.00 > other currenciesUSD 1.500,00> outras moedas
Livro raro e caro como testa a notícia acima. O exemplar constante em nossa biblioteca está em ótimo estado de conservação. Conforme podemos notar os Dicionários de Blake e de Borba de Moraes, fazem também menções ao livro.
24- Castilho, Antonio Feliciano de: PRACTICAS RELIGIOSAS DE AUGUSTO FREDERICO DE CASTILHO. Rio de Janeiro, Laemmert, 1866.
António Feliciano de Castilho, (1800-1875), foi poeta, tradutor e jornalista, bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra em 1822. A sua vida atravessou a vigência de três escolas literárias. O Arcadismo Renascente o Romantismo e o Realismo, tornando-se final da sua vida o patriarca da literatura oficial portuguesa, exercendo uma influência muito forte na produção literária do seu tempo. Porém, surgia em Coimbra o fervilhar do Realismo que viria a opor-se ao magistério castilhiano e provocar uma das mais célebres polêmicas literárias do nosso país – a Questão Coimbrã a que nos referimos em momento anterior.
Livro raro e de autor importante que estudou o patriarca da literatura oficial portuguesa. Esse seu livro com edição brasileira é raríssimo e básico para os estudam as praticas religiosas e suas influencias políticas daquele período.
25. Moraes Filho, Mello: CURSO DE LITTERATURA BRAZILEIRA. Rio de Janeiro. B.L. Garnier, 1882.
MELO MORAIS FILHO (1)
Melo Morais Filho (Alexandre José de Melo Morais Filho), poeta, cronista e folclorista, nasceu em Salvador (BA), em 23/02/1843 e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), em 01/04/1919. Formou-se em medicina em Bruxelas, Bélgica, e revalidou o diploma no Rio de Janeiro em 1876. Diretor do Arquivo Municipal, aposentou-se em 1918. Colaborador de jornais e revistas, deixou grande bibliografia etnográfica e folclórica.
Foi o primeiro tradicionalista do seu tempo. encabeçando campanha pela valoriazação de festas, autos e bailes populares, muitos dos quais encenou.
Publicou Cancioneiro dos ciganos, Rio de Janeiro, 1885; Ciganos no Brasil, Rio de Janeiro, 1886. Festas populares do Brasil, Rio de Janeiro, 1888, Festas do Natal, Rio de Janeiro, 1895; Cantares brasileiros: cancioneiro fluminense, 2 volumes, Rio de Janeiro, 1900; Festas e tradições populares no Brasil, nova edição, revista e aumentada, Rio de Janeiro, 1901 (3a. ed., revisão e notas de Luís da Câmara Cascudo, Rio de Janeiro, 1946); Serenatas e saraus (Coleção de autos populares, lundus, recitativos, modinhas, duetos, serenatas, barcarolas, etc.), 3 volumes, 1901-1902; Histórias e costumes, Rio de Janeiro, 1904; Fatos e memórias, Rio de Janeiro, 1904; Quadros e crônicas, Rio de Janeiro, s.d. O pai do grande poeta e compositor Vinícius de Moraes era sobrinho de Melo Moraes Filho.
Vê-se pelos informes acima que a importancia desse autor não poderia permitir que suas obras fossem menos visiveis aos olhos do pesquizador experiente.
Neste caso o livro ainda é de época, quando o comum é vermos apenas cópias. Raro portanto.
26. Pinheiro, Joaquim Caetano Fernandes: CURSO ELEMENTAR DE LITTERATURA NACIONAL. Rio de Janeiro. B.L.. Garnier. 1883.
Essa obra de Pinheiro é muito rara, tanto que nossos eforços para localizar documentos sobre a mesma malograram. Raro, básico e estimado pelos estudiosos do assunto.
27. Dias, A. Gonçalves: OS TYMBIRAS. POEMA AMERICANO. Leipzig. F.A. Brockaus. 1857.
As obras de Gonçalves Dias já são por si só muito cobiçadas. Por hora nos deparamos com essa edição de 1857, feita nas oficinas de Brockaus em Leipzig. Sabemos que de lá somente se tirava livros dignos de coleções bem cuidadas. Imaginemos uma obra desse quilate sendo publicada na Europa e em pleno século XIX. Agora é só imaginarmos também, quantos exemplares vieram para o Brasil e que ainda sobrevivem ao tempo tropical. Raro e estimado.
Gonçalves Dias (Caxias MA 1823 - Baixo dos Atins MA 1864) estudou Direito em Coimbra, Portugal, entre 1840 e 1844; lá ocorreu sua estréia literária, em 1841, com poema dedicado à coroação do Imperador D. Pedro II no Brasil. Em 1843, escreveria o famoso poema Canção do Exílio. De volta ao Brasil, foi nomeado Professor de Latim e secretário do Liceu de Niterói, e iniciou atividades no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Nos anos seguintes, aliou a intensa produção literária com o trabalho como colaborador de vários periódicos, professor do Colégio Pedro II e pesquisador do IHGB, que o levou a fazer várias viagens pelo interior do Brasil e para a Europa. Em 1846, a publicação de Primeiros Cantos o consagraria como poeta; pouco depois publicaria Segundos Cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848) e Últimos Cantos (1851). Suas Poesias Completas seriam publicadas em 1944. Considerado o principal poeta da primeira geração do Romantismo brasileiro, Gonçalves Dias ajudou a formar, com José de Alencar, uma literatura de feição nacional, principalmente com seus poemas de temática indigenista e patriótica.
28. Durão, Fr. José de Santa Rita: CARAMURÚ POEMA EPICO DO DESCUBRIMENTO DA BAHIA. Lisboa. Regia Officina. 1781.
Figura na coleção de manuscritos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro o original autógrafo Caramurú - poema épico do descobrimento da Bahia - composto por frei José de Santa Rita Durão, impresso em Lisboa, pela Regia Officina Typografica, em 1781. Esse foi o manuscrito destinado à tipografia e o que prova isso são as licenças e as emendas que ele sofreu, atestando, inclusive, o fato de que estas haviam sido feitas antes mesmo da entrega dos originais. Observa-se ainda que as três assinaturas dos censores, na última página do texto, foram decisivas para que se possa afirmar que a licença fornecida pela Real Mesa Censória seja autêntica. Esse mecanismo de avaliação foi criado na administração do Marquês de Pombal e tinha como objetivo principal colocar sob a responsabilidade do Estado a censura dos livros.
A partir de pesquisas realizadas na década de 90 (Biron, 1998) ficou evidenciada a autenticidade da caligrafia do autor no manuscrito do Caramurú, contrariando a versão de seus contemporâneos, de que o poema teria sido ditado ao mulato Bernardo, escravo, que Durão havia levado do Brasil para Portugal para servi-lo. Após a análise grafológica comparativa do manuscrito da Biblioteca Nacional com a carta enviada por Durão, de Roma, ao frei Manuel do Cenáculo, observou-se que a caligrafia constante em ambas são idênticas. Há fortes indícios, com isso, de que foi Santa Rita Durão quem escreveu e corrigiu o texto que deu origem ao Caramurú. Ao estudar de maneira criteriosa a descrição caligráfica do manuscrito, observou-se que as letras são amplas e regulares, não oferecendo dificuldades de leitura. Ele é composto de 143 folhas ou, mais exatamente, 144, haja vista a existência de um lapso: uma das folhas deixou de receber numeração.
O Caramuru traz em seu bojo o resumo de três séculos da história do Brasil enquanto colônia de Portugal e prenunciadora de sua independência da Metrópole. De fato, ao vislumbrar um Brasil independente de Portugal, o poeta Santa Rita Durão não somente deu continuidade à relação metrópole e colônia, mas antecipava algumas décadas o movimento de independência do Brasil. Segundo o autor, a história do Brasil merecia ter o seu poema épico, tal qual a história de Portugal, e o Brasil seria uma continuação da existência de Portugal, uma extensão do seu poder, nascimento e continuidade, numa relação que nos remete à paternidade e à filiação.
Obra extremamente rara, em sua edição original, claro. É terminantemente impossivel encontrar outro exemplar a disposição em alfarrabistas ou antiquários. Raríssimo.
29. Porto. Alegre, M. Ponto de Araújo: BRASILIANAS. Vienna. Imperial e Real. 1863.
MANUEL DE ARAÚJO PORTO-ALEGRE
Manuel de Araújo Porto Alegre (Rio Pardo RS 1806 - Lisboa,
Portugal 1879). Pintor, caricaturista, arquiteto, crítico e historiador de
arte, professor, escritor. Em 1816 muda-se para Porto Alegre, onde inicia seus
estudos de pintura e desenho com o pintor francês François Thér e com os
cenógrafos Manoel José Gentil e João de Deus. Em 1827, no Rio de Janeiro,
matricula-se na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, e tem aulas com Debret
(1768-1848) e Grandjean de Montigny (1823-1887). Em 1831 acompanha Debret em
seu retorno a Europa. Em Paris, freqüenta o ateliê do Barão Jean-Antoine Gros
(1771-1835) e a École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional
Superior de Belas Artes]. Viaja para a Itália e em Roma estuda com o arqueólogo
Antonio Nibby (1792-1839). Em 1835 viaja para a Inglaterra e Bélgica com o
poeta Gonçalves de Magalhães (1811-1882), com quem funda a revista Niterói em
1836, um dos marcos iniciais do movimento romântico na literatura brasileira.
No ano de 1837 realiza as primeiras caricaturas feitas no país e assume a
cadeira de pintura histórica na Aiba, que ocupa até 1848. Nesse ano pede
transferência para a Escola Militar, trabalhando como professor de desenho. Em
1840 é nomeado pintor da Câmara Imperial, sendo responsável pelos trabalhos de
decoração para a coroação do imperador Dom Pedro II (1825-1891) e para o seu
casamento com D. Teresa Cristina (1822-1889). Executa ainda diversos projetos
arquitetônicos no Rio de Janeiro, dos quais destacam-se as obras realizadas no
Paço Imperial, o plano arquitetônico da antiga sede do Banco do Brasil, da
Escola de Medicina e do prédio da Alfândega. Funda e dirige os periódicos
Minerva Brasiliense (1843), Lanterna Mágica (1844), primeira revista ilustrada
com caricaturas, e Guanabara (1849). Considerado o fundador da história e da
crítica de arte brasileira, escreve diversos artigos, como Memória sobre a
Antiga Escola Fluminense, publicado no ano de 1841. Entre as obras literárias
de sua autoria destacam-se os livros de poesia, As Brasilianas (1863), e
Colombo (1866). Como diretor da Aiba, entre 1854 e 1857, promove a ampliação da
área construída da instituição anexando o Conservatório de Música e a
Pinacoteca estabelecendo uma série de reformas no currículo e nos métodos de
ensino da academia. Em 1860 inicia carreira diplomática no exterior e, no ano
de 1874, o imperador D. Pedro II confere-lhe o título de Barão de Santo Ângelo.
Dado ao rico currículo desse autor Manoel Porto Alegre, esse
exemplar da obra “As Brasilianas” publicado em 1863, é extremamente raro digno
de ser preservado na coleção mais apurada possível. O bibliófilo mais exigente
não desistiria de uma obra como essa, jamais. É, no entanto impossível
localizar outro exemplar a disposição hoje. Raríssimo.
30. Souza Cruz e: MISSAL. Rio de Janeiro. Magalhães. 1893.
A publicação das obras Missal e Broqueis em 1893 marcam o início do Simbolismo no Brasil. Missal e Broqueis só não passaram despercebidos, enquanto obras, por força de uma pequena parte da crítica e de um público ainda mais restrito. O mérito só veio com o tempo e com o reconhecimento da genialidade de seu autor. Cabe lembrar que a poesia brasileira praticamente desconhecia a prosa entre suas publicações, poucos ou quase ninguém havia lido Charles Baudelaire, aliás, um dos iniciadores do Simbolismo, o que obrigou a certo estranhamento quanto a Missal. Mesmo Broquel recebeu do público e da crítica opiniões divergentes. Foi atacado por José Veríssimo e exaltado por Sílvio Romero, e pareceu chocar os leitores acostumados com a poesia parnasiana, nitidamente dominadora naquele momento.
Os poemas de Cruz e Sousa abandonam o significado explícito e lógico para buscar a ilogicidade e a sugestão vaga, regras, aliás, de fundamental importância para a poética simbolista. A multiplicidade de imagens e de sonoridades gera uma explosão sensorial no leitor, conduzindo-o a um estado de espanto geral e de choque diante do inusitado.. As imagens, aparentemente inconciliáveis, múltiplas e repetidas, despertam; um psiquismo intenso. Essa fusão de abstrações cria o sensorialismo simbolista e faz brotar a novidade.
Podemos notar então que dadas às informações acima e a importância desta obra e de Cruz e Souza, encontrarmos um exemplar em ótimo estado de conservação como esse que hora se apresenta, é impossível, dada à raridade dessa edição. É conveniente informar que as cifras que alcançam muitas vezes, podem ser vultosas. Raríssimo.
Alguns textos comentados de Missal
Os poemas de Missal são escritos em prosa. O Simbolismo ainda é algo latente nessas realizações, não atingindo o grau de musicalidade, plasticidade e sugestão desejadas. Por ser ainda a primeira obra de Cruz e Sousa na linha simbolista, não consegue atingir a sublimidade e a alquimia verbal de suas realizações posteriores. Vale mais como registro do que realmente como referência do Simbolismo no Brasil. Mesmo que saibamos da influência da poesia em prosa de Charles Baudelaire sobre Cruz e Sousa, são raros os momentos de genialidade dessa obra, se comparar com os textos do grande mestre francês. Essas influências são ainda tênues, mais frutos da paixão do que da inspiração irmanada. Falta, sem dúvida, o brilho e os rasgos da impetuosidade baudelairiana a Cruz e Sousa nesses poemas. Essa força só poderá ser mais bem admirada, indiscutivelmente, nos versos de Broquéis.
31. Bopp, Raul: URUCUNGO. Rio de Janeiro. Ariel. 1931.
1931, em plena efervescência do modernismo. Ao lado de I-Juca Pirama de
Gonçalves Dias, é tido como o grande poema épico
brasileiro. Há que se considerar que quase um século
separa os dois poemas. A Gonçalves Dias cabe a primazia de seu
pioneirismo, poeta que abriu as portas da fronteira universal e deu
passagem para a poesia brasileira. Raul Bopp vai, tal qual I-Juca
Pirama, pisar chão e beber água da Amazônia, mas
pisa esse chão, amassa o mato e bebe da mesma água de
uma forma totalmente diferente. Não só mergulha na
mitologia da terra como cria a mitologia na sua própria
linguagem. ?Um dia hei de morar nas terras do Sem-fim/ Vou andando
caminhando caminhando/ Me misturo no ventre do mato mordendo raízes/
Depois/ faço puçanga de flor de tajá de lagoa/ e
mando chamar a Cobra Norato.
Cobra Norato não quer correr
as terras do Sem-fim só por correr, ele quer ir atrás
da filha da rainha Luiza, com quem pretende se casar. Tudo na mata
fala e tem vida. As árvores estudam geometria. São
escravas do rio, condenadas a trabalhar sempre com a obrigação
de fazer folhas para cobrir a floresta e sombra para afogar o homem.
A água tem a molura macia de perna de moça. E a noite
se encalha com um carregamento de estrelas? Onde vais Cobra
Norato? Tenho aqui três arvorezinhas jovens à tua
espera/ Não posso/ Eu hoje vou dormir com a filha da rainha
Luiza.
Existem colecionadores específicos para obras modernistas, principalmente as primeiras edições, não ficaram no mercado muitos exemplares desses autores, a maioria já estão recolhidos em ricos acervos e preservados a posterioridade. Difícil mente voltarão a circular nos alfarrábios, assim sendo todo livreiro que se preza e atento, vai com certeza atribuir alto valor. Raríssimo, é o que se pode afirmar ao se localizar qualquer exemplar de uma obra de Raul Bopp.
32. Moraes, Pe. Jose: HISTORIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVINCIA DO MARANHÃO E PARÁ.. Rio de Janeiro, Typ. do Commercio, 1860.
José Xavier de Morais da Fonseca Pinto, jesuíta e cronista português (Lisboa 1708 - Portugal d. 1759). Entrou para a Companhia de Jesus (1727) e embarcou para o Maranhão, em cujo colégio se formou. Foi pregador e encarregado pelo rei, como teólogo, de examinar a legitimidade ou não dos cativos de guerra no Maranhão. Saiu do Maranhão quando da expulsão dos jesuítas (1759) e voltou para Portugal. Era então cronista da Companhia e escreveu a História da Companhia de Jesus na extinta província do Maranhão e Pará (1759), publicada nas Memórias para a história do extinto Estado do Maranhão, editadas por Cândido Mendes de Almeida (1860).
Toda obra que relata ou transcorre pela história da Cia. De Jesus, pode ser considerada rara, pois sempre é básica para os historiadores brasilianistas. Essa obra é essencial em qualquer bibliografia para a história da religião católica, a nível universal. Em se tratando de Brasil, ainda mais se torna indispensável. Podemos ainda considerar a época de sua edição se pretendemos enaltecer esse exemplar de que hora estamos falando e constante em nosso acervo. Raríssimo.
33 VILLAS BOAS, Manuel do Cenáculo DISPOSIÇÃO DO SUPERIOR PROVINCIAL PARA A OBSERVANCIA REGULAR E LITERARIA DA CONGREGAÇÃO DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DESTES REINOS. Lisboa, Regia, 1790
Célebre bispo de Beja e arcebispo de Évora; um dos prelados mais respeitáveis, venerandos e ilustrados, que tem havido em Portugal.
N. em Lisboa no dia 1 de Março de 1724, fal. em Évora a 26 de Janeiro de 1814 na avançada idade de 90 anos incompletos. Era filho dum serralheiro chamado José Martins, natural de Constantim, termo de Vila Real, e de Antónia Maria, natural de Lisboa. Quando contava 16 anos de idade professou na ordem Terceira de S. Francisco, a 25 de Março de 1740, no convento de Nossa Senhora do Jesus. Cursou os estudos de humanidades, e depois teologia na Universidade de Coimbra, em que se doutorou a 26 do Maio do 1749, tendo já exercido o magistério por três anos no Colégio das Artes, e logo em 1750 foi a Roma assistir ao capitulo geral da sua ordem. Voltando a Portugal, seguiu para Coimbra, a fim de reger uma cadeira de teologia, regência que exerceu desde 1751 até 1755. Não se descuidava, porém, de estudar sempre, o ao passo que ensinava teologia aos seus discípulos aplicava-se dedicadamente ao estudo das línguas orientais, tornando se tão perito no sírio o no árabe, como já o era no grego.
O Bispo de Beja era sem dúvida um homem religioso e intelectualidade muito avançada. Sendo amplamente respeitado, não poderia deixar-nos obras literárias e de estudos religiosos filosóficas, apenas superficiais. Essa obra acima relacionada é de extrema necessidade em uma bibliografia que se pretende chamar-se de especializada, como essa nossa, completíssima. Ela vem inserida em uma biblioteca que é simplesmente única. É uma obra básica e de alto valor informativo. Se considerarmos o tempo em foi editada, em pleno século XVIII então sua raridade é possivelmente das mais altas.
34 Oliveira, Helvecio de - AS MISSÕES SALESIANAS EM MATTO GROSSO. 1894-1908. São Paulo, Salesianas, 1908.
Nasceu em Olivânia, município de Anchieta, em 1876, e faleceu em Mariana, Minas Gerais, em 1961.
Filho do tenente-coronel José Gomes de Oliveira, herói da Guerra do Paraguai, e de Maria Mattos de Oliveira.
Estudou no colégio Santa Rosa, dos Salesianos, em Niterói, Rio de Janeiro, e em Turim, na Itália (1888-1894), formando-se na Universidade Gregoriana de Roma.
Como padre Salesiano, exerceu missões de evangelização dos índios, em Mato Grosso. Em 1903 passou a residir em São Paulo, atuando como professor e jornalista de publicações católicas.
Em 1918 foi elevado ao cargo de bispo de Corumbá e, posteriormente, do Maranhão. Foi transferido como bispo coadjutor de Dom Silvério, para Mariana, Minas Gerais, em 1922, ano em que se tornou arcebispo daquela arquidiocese.
Desenvolveu intensos trabalhos no seminário, vocações religiosas, asilos e com ênfase no Museu de Arte Sacra e reestruturação do centenário arquivo.
Ao que nos parece esse bispo o Helvécio de Oliveira, estava muito bem formado intelectualmente, para vermos isso podemos recorrer ao seu curriculun. Então mesmo sendo do século XX essa obra tem que se fazer constar em nossa relação. É possível encontrá-la ainda em um alfarrábio. Mas não a qualquer hora. Resta-nos então por prudência preservá-lo. Raro.
35 COLECCION GENERAL DE LAS PROVIDESNCIAS HASTA AQUI TOMADAS POR EL GOBIERNO. Sobre el estranamiento y ocupacion de temporalidades de los regulares de la Compania que existiam en los Dominios de S.M. Espana, Indias e Islas Filipinas. Madrid, Real Gazeta, 1767.
Extracto de la Colección General de Providencias en el que se pueden encontrar interesantes documentos relacionados con la expulsión de los jesuitas de España, desde el propio decreto de extrañamiento hasta los instrumentos de instrucciones dirigidos a los comisarios reales que habían de efectuar la operación
Primeiramente notamos de antemão que a época em que se editou essa obra é já um passado considerável, principalmente para um livro. Para esse publicado na Espanha, país que sobreviveu a muitas guerras, é ainda mais surpreendente vê-lo em toda sua integridade. Ainda em se tratando de obra sobre a Cia. De Jesus, que de todas as maneiras foram perseguidos. Qualquer obra que se refere a esse assunto sem duvida traz em seu conteúdo referencias ao que interessa para o historiador brasilianista.
36 Monteiro, Dr. João: DISCURSOS. São Paulo, Typ. Industrial de São Paulo, 1897.
37 Badaró, F.: L'ÉGLISE AU BRÉISL PENDANT L'EMPIRE ET PENDANT LA RÉPUBLIQUE. Roma, Bontempelli, 1895.
38 Nogueira, Antonio Luiz Ramos: REVOLUÇÃO RELIGIOSA DO BRAZIL E RUINAS DA PATRIA. Rio de Janeiro, Typ. Caiçara, 1880.
39 Roquette, J.I.: CARTAS SELECTAS DO PADRE ANTONIO VIEIRA. Pariz, J.P. Aillaud, 1856.
Essas obras acima relacionadas estão inseridas em nossa área que trata da História da Religião Católica no Brasil. É a única considerada completa existente no país e no mundo, nada pode ser mais importante para o historiador católico no universo. Falando do maior país católico, podemos crer que sua ligação com todos os outros é determinante para se comprovar qualquer hipótese religiosa. Nossa Biblioteca de História da Religião Católica no Brasil é importantíssima aos estudiosos que não podem prescindir de visitá-la para vasculhá-la. É desejo nosso pai e seu criador Líbano Calil Atallah mantê-la integra e eterna. Única.
OUTRAS OBRAS CITADAS DA BIBLIOTECA
40. Noronha, Bento da Beia de: ECCE HOMO PRACTICAS. Pregadas no Collegio de Bahia ao Festas Feira a Noite... Lisboa, Ioam da Costa, 1677.
41. Pereira, Antonio: APPENDIX E ILLUSTRAÇÃO DA TENTATIVA THEOLOGICA SOBRE O PODER DOS BISPOS EM TEMPO DE ROTURA. Lisbao, Antonio Vicente da Silva, 1768.
42. Figueiredo, Antonio Pereira: DEMONSTRAÇÃO THEOLOGICA CANONICA E HISTORICA DO DIREITO DOS METROPOLITANOS DE PORTUGAL. Para confirmarem e mandarem sagrar os Bispos Suffraganeos nomeados por sua magestade e do Direito dos Bispos de cada provincia... Lisboa, Typ.Regia, 1769.
43. Dassange, M. L'Abbé: LES SAINTS ÉVANGILES . Paris, L. Curner, 1836.
44. Pedrinha, euripedes Calmon Nogueira da Gama: TIMIDOS ENSAIOS. Presbytero secular natural do Espirito Santo. Rio de Janeiro, typ. O Apostolo, 1896.
45. Bernardes, Manoel: DIREÇÃO PARA TER OS NOVE DIAS DE EXERCICIOS ESPIRITUAES. Lisboa, Francisco Luiz Amena, 1742.
46. Carneiro, Dr. Julio Cezar de Moraes: APOSTROPHES. Publicados no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro em 1885. Nictheroy, Salessiana, 1887.
47. Lima, Pe. José Joaquim da Fonseca: ORAÇÕES FUNEBRES. Rio de Janeiro, Typ. do Apostolo, 1877.
48. PEÇAS JUSTIFICATIVAS DA DOUTRINA E AUTOR DO LIVRO INTITULADO CONHEÇA O MUNDO OS JACOBINOS QUE IGNORA OU SEGUNDA REFUTAÇÃO DO NOVO THEOLOGISMO PARA RUINA DO ALTAR E DO TRONO. Dedicada ao Exmo E Rvmo Sr. Cardeal da Cunha, Lisboa, Antonio Rodrigues Galhardo, 1823.
49. Bosset, Diago Benigno: EXPOSIÇÃO DA DOUTRINA DA IGREJA CATHOLICA. Traduzida novamente em Portuguez por Jozé Caietano de Mesquita. Lisboa, Miguel Rodrigues, 1768.
50. Lucena, Ioam: HISTORIA DA VIDA DO PADRE SÃO FRANCISCO XAVIER E DO QUE FIZERAM NA INDIA. Os mais religiosos da Cia. de Jesus. Lisboa, Real Meza da Comissão Geral, 1788.
51. PRIMEIRO CONGRESSO CATHOLICO BRASILEIRO PROMOVIDO PELO APOSTOLADO DE ORAÇÃO CELEBRADO NA BAHIA DE 3 A 10 DE JUNHO DE 1900. Actas e Documentos. São Paulo, typ. A Vapor, 1900.
52. Leopoldo, R. Duarte: PELA FAMILIA. São Paulo, Typ. Espindola Siqueira, 1898.
53. Cunha, Cardeal da: REGIMENTO DA PROSCRITA INQUISIÇÃO DE PORTUGAL. Publicado por José Maria de Andrade. Coimbra, Impresa da Universidade 1821.
54. Silva, Luiz Augusto Rebello de: FASTOS DA IGREJA. Historia da vida dos santos ornamentos do christianismo. Rio de Janeiro, Typ. do Panorama, 1870.
55. Cazal, Pe. Manoel Ayres de: COROGRAFIA BRAZILICA, RELAÇÃO HISTORICO GEOGRAFICA DO REINO DO BRAZIL. Rio de Janeiro. Impressão Regia. 1817
Religioso (1754? - depois de 1821), ficou conhecido como o “pai da geografia brasileira”. Sabe-se que em 1769 estava fixado no Rio de Janeiro, onde era capelão da respectiva Misericórdia. É de sua autoria a Corografia Brasílica ou Relação Histórico-Geográfica do Reino do Brasil (2 vols., 1817), útil e criteriosa obra, realizada com base em relatórios de viagem, roteiros e documentos históricos e onde foi pela primeira vez publicada a Carta de Pêro Vaz de Caminha. Regressou a Portugal em 1821, desconhecendo-se a data da sua morte.
56. (Figueiredo, Pe. José de): HISTORIA DO BRAZIL DESDE DE SEU DESCOBRIMENTO EM 1500 até 1810. Lisboa. J.F.M. de Campos. 1817. Ilustr. Mui raro em dez vols
57. Varnhagen, Francisco Adolpho: HISTÓRIA GERAL DO BRAZIL. Rio de Janeiro. Laemmert. 1854. 2v. ilustr.
Francisco Adolfo de Varnhagen nasceu em São João de Ipanema (S.Paulo) a 17 de fevereiro de 1816. Filho de Frederico Luís Guilherme de Varnhagen e de Maria Flávia de Sá Magalhães, estudou no Real Colégio da Luz em Lisboa, de 1825 a 1832 e, a seguir, ingressou na Academia de Marinha, cujo curso freqüentou em 1832 e 1833. Faleceu em Viana, Áustria, a 26 de junho de 1878. É o patrono da Cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras.
Tenente de artilharia do exército português aperfeiçoou-se em assuntos de natureza militar e de engenharia. Publicou em 1838 um ensaio intitulado "Notícia do Brasil". Colaborou em "O Panorama", dirigido pelo grande historiador português Alexandre Herculano. Divulgou, fruto das primeiras notáveis pesquisas sobre a época do descobrimento do Brasil, o "Diário de Navegação de Pero Lopes de Sousa". Já licenciado do exército português tornou-se sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (18 de julho de 1840).
Nomeado adido à legação do Brasil em Lisboa, em 1841, foi incumbido de pesquisar documentos sobre a História e a Legislação referentes ao nosso país.
Nesse mesmo ano passou a integrar o Imperial Corpo de Engenheiros do exército brasileiro, do qual se desligou três anos depois. Voltou à carreira de diplomata e, em 1854, conseguiu editar a "História Geral do Brasil", sem indicação explícita de autoria - apenas elaborada "por um sócio do Instituto Histórico do Brasil, natural de Sorocaba".
59. Beauchamp, M. Alphonse: HISTOIRE DU BRÉSIL. Paris, Alexis Eymery. 1815. 3 vols. Enc. De época.
Libraire d'Education et de Jurisprudence d' Alexis Eymery, Paris, 1815. In-8.º de três volumes com XVIII-588, 500 e 416(1) páginas respectivamente. Encadernação inteira de pele coeva, com brasões e ferros dourados na lombada. Exemplar enriquecido com uma bela gravura, mas com falha de um mapa da América portuguesa.
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Encerra, nomeadamente, os seguintes temas: A origem da monarquia portuguesa; As conquistas dos portugueses em África e na India; A descoberta e a descrição do Brasil; a posição e os meios populacionais brasileiros; a origem e o progresso de estabilização portuguesa; as guerras sucessivas; a história civil, política e comercial. História muito interessante e completa do Brasil.
O exemplar da obra de Beauchamp constante em nossa coleção é muito bem conservado e como se nota nos comentários acima é de extrema raridade e importância em todo acervo considerado e de colecionador brasilianista.
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60. D’ Evreux, Ivo, com notas de Diniz, Mr. Ferdinand: VIAGEM AO NORTE DO BRASIL. Maranhão. Typ. Do Frias, 1814. enc
Notes: "Edição de 1500 exemplares, numerados: 902." A continuation of Claude d'Abbeville's Histoire de la mission des Pères Capucins en l'isle de Maragnan ... 1614. Translated from the French. Edited by Humberto de Campos. Reprint of the Portuguese edition of 1874, with reproduction of its t.-p.: Viagem ao norte do Brasil feita no [!] annos de 1613 a 1614, pelo padre Ivo d'Evreux, religioso capuchinho. Publicada conforme o exemplar, unico, conservado na Bibliotheca imperial de Paris, com introducção e notas por Mr. Ferdinand Diniz ... traduzida pelo Dr. Cezar Augusto Marques ... Maranhão, 1874.
Todos os viajantes que percorreram o territorio imperial brasileiro não resistiam aos seus facinios e terminavam por reproduzir em suas obras tod seu sentimento e emoção.
O que torna ainda mais raro qualquer exmplar de obras de viajantes é tambem o fato de que nos dias de hoje elas ainda estão mais cobiçadas pelos estrangeiros europeus que estudam e pesquizam assuntos referentes ao Brasil.
O noticiário internacional nunca deixa de previlegiar os acontecimentos aqui ocorridos.
O jornalista e brasilianista Fedinand Diniz, nos comenta essa obra narrando sua viagens ao norte do Brasil, é raro e impossível de se encontrar em acervos de livreiros alfarrabistas.
Nosso exemplar é muito bem preservado que chega a surpreender qualquer consulente.
61. Levasseur, E.: LE BRÉSIL ET ALBUM DE VUES DU BRÉSIL. M.M. DE Rio Branco. Paris, H.Lamirault, 1889. Ilustr. Com fotos e xilos desdobráveis.
Avec ja collaboration de MM. de Rio Branco, Eduardo Prado, d' Ourém, Henri Gorceix, Paul Maury, E. Trouessart, et Zaborowski. (Extrait de la Grande Encyclopedie) Deuxième Edition illestrée de Gravures, Cartes et Graphiques, accompagnée d' un Appendice Par XXX et Glasson, membre de L' Intitut et d' un Album de vues du Brésil éxécuté sous la direction de M. de Rio Branco. Publié par le Syndicat Franco-Brésilien pour L' Exposition universelle de Paris n 1889. Paris, H. Lamirault et Cie, éditeurs . . . 1889
62. Southey, Robert: HISTORY OF BRAZIL. London, Longman. 1817. 1a. ed. Com enc. De época em bom estado.
De 1810 a 1819 lançou a "História do Brasil", em Londres, que foi a primeira publicação contendo a sua história geral e que abrange todo o período colonial até a chegada de D. João VI ao Brasil, em 1808.
Sobre esta obra diz Nelson Werneck Sodré: O que se deve ler para conhecer o Brasil): Um dos seus grandes méritos está em não se ter deixado fascinar pela tradição oficial, particularmente quanto à obra dos jesuítas, mantendo ulgamento próprio, estabelecendo critérios de discriminação diversos daqueles habitualmente adotados. (Do prefácio da obra de Southey por Brasil Bancchi)
Da sua obra disse o próprio Southey: Seria faltar à sinceridade que vos devo, esconder que minha obra, daqui a longos tempos, se encontrará entre as que não são destinadas a perecer; que me assegurará ser lembrado em outros países que não o meu; que será lida no coração da América do Sul e transmitirá aos brasileiros, quando eles se tiverem tornado uma nação poderosa, muito da sua história que de outra forma teria desaparecido ficando para eles o que é para a Europa a obra de Heródoto. (idem)
Em 1862 a sua História do Brasil foi editada pela primeira vez no Brasil pela Livraria Garnier, em 6 volumes com tradução de Luís Joaquim de Oliveira e Castro e anotada pelo Cônego Dr. Joaquim Caetano Fernandes Pinheiro.
Em 1965 foi impresso a terceira edição no Brasil pela Editora Obelisco Limitada em 6 volumes, dirigida por Brasil Bandecchi e com orientação gráfica de Pedro J. Fanelli.
63. Sobral, Mario(Andrade, Mario): HÁ UMA GOTA DE SANGUE EM CADA POEMA. São Paulo, Focai e Comp. 1917. br.
Mário Raul de Moraes Andrade (São Paulo SP 1893 - idem 1945). Poeta, cronista e romancista, crítico de literatura e de arte, musicólogo e pesquisador do folclore brasileiro, fotógrafo. Conclui o curso de piano pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo em 1917. Nesse ano, sob o pseudônimo de Mário Sobral, publica seu primeiro livro de versos, Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema. Conhece Oswald de Andrade (1890 - 1954) e assiste à exposição modernista da pintora Anita Malfatti (1889 - 1964).
Em 1918, escreve em A Gazeta como crítico de música e no ano seguinte colabora em A Cigarra, O Echo e continua em A Gazeta. Trabalha assiduamente na revista paulista Papel e Tinta em 1920. Nessa época freqüenta o estúdio do escultor Victor Brecheret (1894 - 1955), de quem compra um exemplar do bronze Cabeça de Cristo. Em 1921, escreve para o Jornal do Comércio a série Mestres do Passado, contra o parnasianismo e colabora com a revista Klaxon, em 1922. Integra o Grupo dos Cinco com Tarsila do Amaral (1886 - 1973), Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia (1892 - 1988).
Um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, na ocasião do evento lê seus poemas no palco do Theatro Municipal de São Paulo e é vaiado. Nesse ano, lança seu segundo livro, Paulicéia Desvairada, um marco na literatura moderna brasileira. Leciona história da música e da estética no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Em 1923, compra uma câmera fotográfica Kodak e exerce a atividade de fotógrafo até 1931. Realiza com Olívia Guedes Penteado (1872 - 1934), Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e outros, uma viagem de estudos às cidades históricas mineiras com o objetivo de mostrar o interior do país ao poeta franco-suíço Blaise Cendrars (1887 - 1961), em 1924.
64. Pompéia, Raul: O ATHENEU(CHRONICA DE SAUDADES). Rio de Janeiro. Gazeta de Noticias, 1888.
Raul d'Ávila Pompéia nasceu em Angra dos reis, Estado do Rio de janeiro, a 12 de abril de 1863. Após os anos de internato no Colégio Abílio, que lhe inspirariam mais tarde O Ateneu (1888), empreende estudos secundários no Colégio Pedro II. Vem para São paulo e matricula-se na Faculdade de Direito, ocasião em que acolhe os ideais republicanos e abolicionistas. Transferindo-se para Recife, lá se forma, em 1885.
De regresso ao Rio de janeiro, é nomeado para vários cargos públicos, como diretor do Diário Oficial e da Biblioteca Nacional, Também exerce o magistério (Escola Nacional de Belas-Artes), ao mesmo tempo que colabora em jornais e constrói sua obras de ficcionista.
Em 1892, por questões de honra, trava duelo com Olavo Bilac. Já nesta altura começam a manifestar-se os sintomas da perturbação mental que o empurrariam ao suicídio, cometido a 25 de dezembro de 1895. Afora numerosos contos e crônicas esparsos, publicou as seguintes obras: Uma Tragédia no Amazonas (1880), Microscópicos (1881(, As Jóias da Coroa (1882), O Ateneu (1888), Canções sem Metro (1900)
65. Gama, José Basílio da: O URAGUAY. Poema. Nova Edição. 1855. Rio de Janeiro. Dous de Dezembro. 1855.
José Basílio da Gama (São João del-Rei, 8 de abril de 1740 — Lisboa, 31 de julho de 1795) foi um poeta luso-brasileiro do Brasil Colônia, filho de pai português e mãe brasileira.
Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou em 1757 para a Companhia de Jesus. Dois anos depois, a ordem foi expulsa do Brasil e o poeta foi para Portugal e depois paraRoma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De volta a Lisboa, por suspeita de jansenismo, foi condenando ao degredo em Angola; salvou-o um epitalâmio que dedicou à filha do marquês de Pombal, que o indultou e protegeu.
Em 1769, publica o poema épico O Uraguai, que tem por assunto a guerra movida por Portugal aos índios das missões do Rio Grande do Sul (Sete Povos das Missões). Mais tarde foi nomeado oficial da Secretaria do Reino. Patrono da Academia Brasileira de Letras.
Utilizou o pseudônimo Termindo Sipílio.
66. Aranha, Graça: CHANAAN. Rio de Janeiro. H. Garnier, 1901.
Escritor e diplomata, José Pereira da Graça Aranha nasceu em São Luís, MA, em 1868 e morreu no Rio de Janeiro em 1931. Em 1902, quando de sua publicação, ‘Canaã’, um dos raros romances simbolistas da história literária brasileira, teve um sucesso exemplar. Levando-se em conta que, quatro anos antes, seu autor havia sido um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, instituição que buscava dar unidade à literatura do país, pode-se avaliar o prestígio de Graça Aranha na elite intelectual da época. O que não se conseguia imaginar é que esse escritor fosse aderir ao movimento liderado pelos modernistas, oferecendo a eles o respaldo de uma seriedade intelectual da qual eles ainda não desfrutavam perante o público. Mas Graça Aranha, autor de um drama encenado em Paris, não apenas contribuiu com a semana, fazendo um discurso de apresentação no Teatro Municipal de São Paulo que investia contra as academias e escolas que arbitravam as regras do bom gosto e do bom-senso: em 1924, em conferência na própria Academia Brasileira de Letras, desligou-se dessa instituição, alegando que sua criação fora um erro, já que ela não era capaz de admitir ‘‘as forças ocultas do nosso caos’’, referindo-se, certamente, aos ideários modernistas.
obras Canaã (1902)Malazarte (1911)A Estética da Vida (1921)A Viagem Maravilhosa (1930)
67. Andrade, Oswald: PAU BRASIL. Paris Sans Pareil, 1925. Perfeito estado de conservação
OSWALD DE ANDRADE, poeta, romancista e dramaturgo, nasceu em São Paulo em 11 de janeiro de 1890. Filho de família rica, estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e, em 1912, viaja para à Europa. Em Paris, entra em contato com o Futurismo e com a boemia estudantil. Além das idéias Futuristas, conhece Kamiá, mãe de Nonê, seu primeiro filho, nascido em 1914.
De volta a São Paulo faz jornalismo literário. Em 1917, passa a viver com Maria de Lourdes Olzani (ou Deise), conhece Mário de Andrade e defende a pintora Anita Malfatti de uma crítica devastadora de Monteiro Lobato. Ao lado deles, e de outros intelectuais, organiza a Semana de Arte Moderna de 1922.
Em 1924 publica, pela primeira vez, no jornal "Correio da manhã", na edição de 18 de março de 1924, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil. No ano seguinte, após algumas alterações, o Manifesto abria o seu livro de poesias "Pau-Brasil".
Em 1926, Oswald casa-se com a Tarsila do Amaral e os dois tornam-se o casal mais importante das artes brasileiras. Apelidados carinhosamente por Mário de Andrade como "Tarsiwald", o casal funda, dois anos depois, o Movimento Antropófago e a Revista de Antropofagia, originários do Manifesto Antropófago. A principal proposta desse Movimento era que o Brasil devorasse a cultura estrangeira e criasse uma cultura revolucionária própria.
O ano de 1929 é fundamental na vida do escritor. A crise de 29 abalou as suas finanças, ele rompe com Mário de Andrade, separa-se de Tarsila do Amaral e apaixona-se pela escritora comunista Patrícia Galvão (Pagu). O relacionamento com Patrícia Galvão intensifica sua atividade política e Oswald passa a militar no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Além disso, o casal funda o jornal "O Homem do Povo", que durou até 1945, quando o autor rompeu com o PCB. Do casamento com Patrícia Galvão, nasceu Rudá, seu segundo filho.
Depois de separar-se de Pagu, casou-se, em 1936, com a poetisa Julieta Bárbara. Em 1944, mais um casamento, agora com Maria Antonieta D'Aikmin, com quem permanece junto até a morte, em 1954.
Nenhum outro escritor do Modernismo ficou mais conhecido pelo espírito irreverente e combativo do que Oswald de Andrade. Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do início do século. A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características do Modernismo da primeira fase.
A poesia de Oswald é precursora de um movimento que vai marcar a cultura brasileira na década de 60: o Concretismo. Suas idéias, ainda nessa década, reaparecem também no Tropicalismo.
68. Andrade, Oswald: MEMÓRIAS SENTIMENTAES DE JOÃO MIRAMAR. São Paulo. Independência. 1924.
Homem polêmico, irônico, gozador, teve vida atribulada não só no que diz respeito às artes, como também à política e aos sentimentos: foi o idealizador dos principais manifestos modernistas, militante político, teve profundas amizades e inimizades, rumorosos casos de amor e vários casamentos (com destaque para dois: com Tarsila do Amaral e com Patrícia Galvão, a Pagu).
Mais do que de outros escritores, sua vida é irmã gêmea de sua obra, como afirma seu filho Rudá em carta ao crítico Antônio Cândido: "Creio que a obra de Oswald não pode ser estudada desvinculada de sua vida". E aqui cabe chamar a atenção para dois fatos: primeiro, a vida de Oswald teve um verdadeiro divisor de águas, o ano de 1929, quando, fazendeiro de café, vai à falência; segundo, criou-se em torno dele a imagem de um "palhaço da burguesia", o que ofuscou em muito o brilho de sua obra e amargurou o escritor nos últimos anos de sua vida.
Foi, no entender de Mário de Andrade, "a figura mais característica e dinâmica do movimento modernista". Na verdade, esteve à frente de todas as manifestações de vanguarda ocorridas no país até a sua morte. Espírito irrequieto, inventivo e audacioso manteve-se sempre fiel aos ideais da sua mocidade, jamais renunciado às atitudes típicas do modernismo.
Viveu o Modernismo. Chefiou a preparação do movimento, polemizou violenta e destruidoramente, lançou correntes "Pau-Brasil" e "Antropofagia". A esta última, no fim da vida, quis dar um sentido filosófico, erigindo-a em weltunchaung na tese com que pretendia um cátedra na Universidade de São Paulo: "A Crise da Filosofia Messiânica". Lutou, enfim pela reforma dos costumes sociais e políticos, literários e artísticos, numa ânsia de contribuir para a libertação do homem e seu pensamento ético e estético.
Abridor de caminhos, inventor supreendente de rumos e roteiros, terá sacrificado às vezes, à conquista de novos direitos, a realização mais tranqüila de sua obra escrita. Empenhou-se, na verdade, numa permanente e incessante polêmica com o meio e até consigo mesmo, em busca, sempre, de etapas mais avançadas da cultura.
Morto, Oswald de Andrade já ressuscita citado nos manifestos concretistas. Sua poesia, em que entram o humor e o lirismo, a piada e a imaginação, a concisão e a fala popular, a retórica, a ironia e a onomatopéia, a discrição e a associação inusitada de idéias, o descritivo e a síntese luminosa, as deformações sintáxicas e gramaticais - "cria ou insinua quase todos os temas com que iriam lidar os futuros poetas brasileiro", conforme discerne Vinicius de Morais.
Quanto à sua obra, Oswald de Andrade apresenta, de maneira geral, as características já comentadas desta primeira fase do Modernismo, ou seja, um nacionalismo que busca as origens sem perder a visão crítica da realidade brasileira; a paródia como uma forma de repensar a literatura; a valorização do falar cotidiano, numa busca do que seria a língua brasileira ("como falamos, como somos"); uma análise crítica da sociedade burguesa capitalista, notadamente nas obras produzidas após 1930, como, por exemplo, o romance Serafim Ponte Grande e a peça O rei da vela.
69. Assis, Machado de: A MÃO E A LUVA. Rio de Janeiro. Gomes de Oliveira, 1874.
Incrível a diferença no ritmo e narrativa entre este que é o segundo livro de Machado e “Memórias póstumas...”. A Mão e a Luva é perfeitamente sintonizado com o Romantismo entretanto é possível perceber entre a estrutura clássica do romance, as características que farão de Machado nosso verdadeiro bruxo do Cosme Velho! A conversa com o leitor e o sarcasmo mostram-se, ainda que timidamente, como em:
Estevão, vendo-se abandonado e rejeitado começa a se iludir pensando que tudo não passa de um teste do ser amado: “A imaginação de Estêvão desceu por este declívio de floridas conjecturas, e Luís Alves entendeu que era de bom aviso não espantar-lhe os cavalos. Ela foi, foi, foi por ali abaixo, rédea frouxa e riso nos lábios. Boa viagem!” ”A careta que fez ao sair ninguém lha pôde ver, e não se perdeu nada.” “as aparências de um sacrifício valem mais, muita vez, do que o próprio sacrifício”
A obra tem também um quê de pessimismo, ou ao menos, uma desilusão com o caráter humano. O enredo trata de uma garota determinada e segura de si, de origem humilde e simples que se vê a “fortuna” dar-lhe oportunidade de ascender socialmente e busca manter-se assim após (ou através de) o casamento. È prentendida por três: O sincero e romântico Estevão, que carrega em si todos os esteriótipos dos heróis Românticos, sendo tratado pelo narrador como apaixonado e sincero, porém patético. O previsível, vazio e medíocre Jorge, muito próximo à menina porém sem brilhantismo. E o astuto e ambicioso Luís Alves (único com nome e sobrenome!), homem sóbrio determinado, com aspirações políticas e sociais fortíssimas. Frente a isso, a união entre a menina Guiomar e Luís Alves, é tão certeira como o ajuste entre a Mão e a Luva!!
69 A. Assis, Machado de: CHRYSALIDAS. Poesias. Rio de Janeiro. B.L. Garnier, 1864.
O crítico estadunidense Harold Bloom considera Machado de Assis um dos 100 maiores gênios da literatura de todos os tempos (chegando ao ponto de considerá-lo o melhor escritor negro da literatura ocidental), ao lado de clássicos como Dante, Shakespeare e Cervantes. A obra de Machado de Assis vem sendo estudada por críticos de vários países do mundo, entre eles, Giusepe Alpi (Itália), Lourdes Andreassi (Portugal), Albert Bagby Jr. (Estados Unidos da América), Abel Barros Baptista (Portugal), Hennio Morgan Birchal (Brasil), Edoardo Bizzarri (Itália), Jean-Michel Massa (França), Helen Caldwell (Estados Unidos da América), John Gledson (Inglaterra), Adrien Delpech (França), Albert Dessau (Alemanha), Paul Dixon (Estados Unidos da América), Keith Ellis (Estados Unidos da América), Edith Fowke (Canadá), Anatole France (França), Richard Graham (Estados Unidos da América), Pierre Hourcade (França), David Jackson (Estados Unidos da América), Linda Murphy Kelley (Estados Unidos da América), John C. Kinnear, Alfred Mac Adam (Estados Unidos da América), Victor Orban (França), Houwens Post (Itália), Samuel Putnam (Estados Unidos da América), John Hyde Schmitt, Tony Tanner (Inglaterra), Jack E. Tomlins (Estados Unidos da América), Carmelo Virgillo (Estados Unidos da América), Dieter Woll (Alemanha) e Susan Sontag (Estados Unidos da América).
O estilo literário de Machado de Assis tem inspirado muitos escritores brasileiros ao longo do tempo e sua obra tem sido adaptada para a televisão, o teatro e o cinema. Em 1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes. Suas principais obras foram traduzidas para diversos idiomas e grandes escritores contemporâneos como Salman Rushdie, Cabrera Infante e Carlos Fuentes confessam serem fãs de sua ficção, como também o confessou Woody Allen. A Academia Brasileira de Letras criou oEspaço Machado de Assis, com informações sobre a vida e a obra do escritor.
Machado em suas obras interpela o leitor, ultrapassando a chamada quarta parede, nisso tendo sido influenciado por Manuel Antônio de Almeida, que já havia utilizado a técnica, bem como Miguel de Cervantes, e outros autores, mas nenhum deles com tanta ênfase quanto Machado.
70. Assis, Machado de: CHRYSALIDAS. Poesias. Rio de Janeiro. B.L. Garnier, 1864.
O crítico estadunidense Harold Bloom considera Machado de Assis um dos 100 maiores gênios da literatura de todos os tempos (chegando ao ponto de considerá-lo o melhor escritor negro da literatura ocidental), ao lado de clássicos como Dante, Shakespeare e Cervantes. A obra de Machado de Assis vem sendo estudada por críticos de vários países do mundo, entre eles, Giusepe Alpi (Itália), Lourdes Andreassi (Portugal), Albert Bagby Jr. (Estados Unidos da América), Abel Barros Baptista (Portugal), Hennio Morgan Birchal (Brasil), Edoardo Bizzarri (Itália), Jean-Michel Massa (França), Helen Caldwell (Estados Unidos da América), John Gledson (Inglaterra), Adrien Delpech (França), Albert Dessau (Alemanha), Paul Dixon (Estados Unidos da América), Keith Ellis (Estados Unidos da América), Edith Fowke (Canadá), Anatole France (França), Richard Graham (Estados Unidos da América), Pierre Hourcade (França), David Jackson (Estados Unidos da América), Linda Murphy Kelley (Estados Unidos da América), John C. Kinnear, Alfred Mac Adam (Estados Unidos da América), Victor Orban (França), Houwens Post (Itália), Samuel Putnam (Estados Unidos da América), John Hyde Schmitt, Tony Tanner (Inglaterra), Jack E. Tomlins (Estados Unidos da América), Carmelo Virgillo (Estados Unidos da América), Dieter Woll (Alemanha) e Susan Sontag (Estados Unidos da América).
O estilo literário de Machado de Assis tem inspirado muitos escritores brasileiros ao longo do tempo e sua obra tem sido adaptada para a televisão, o teatro e o cinema. Em1975, a Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministério da Educação e Cultura, organizou e publicou as edições críticas de obras de Machado de Assis, em 15 volumes. Suas principais obras foram traduzidas para diversos idiomas e grandes escritores contemporâneos como Salman Rushdie, Cabrera Infante e Carlos Fuentes confessam serem fãs de sua ficção, como também o confessou Woody Allen. A Academia Brasileira de Letras criou o Espaço Machado de Assis, com informações sobre a vida e a obra do escritor.
Machado em suas obras interpela o leitor, ultrapassando a chamada quarta parede, nisso tendo sido influenciado por Manuel Antônio de Almeida, que já havia utilizado a técnica, bem como Miguel de Cervantes, e outros autores, mas nenhum deles com tanta ênfase quanto Machado.
71. Coleção Machadiana com todas as primeiras edições do maior autor brasileiro.
72. Silva, J. M. Pereira: NACIONALIDADE, LINGUA E LITERATURA DE PORTUGAL E BAZIL. Pariz. Guilard, Aillaud e Cie. 1884.
João Manuel Pereira da Silva (Nova Iguaçu, 30 de agosto de 1817 — Paris, 10 de janeiro de 1895) foi um romancista, historiador, crítico literário, biógrafo, poeta, tradutor,advogado, jornalista e político brasileiro.
Foi deputado geral e senador do Império do Brasil de 1888 a 1889. É um dos fundadores do Romantismo no Brasil.
Romance
Uma paixão de artista, 1838
Religião, amor e pátria, 1839
Aspásia, (s.d.)
Crônica
Jerônimo Corte-Real, 1840
Antológicos
Parnaso brasileiro, 2 vol., 1843-1848
Obras literárias e políticas, 2 vol., 1862
História da fundação do Império, 7 vol., 1864-1868
Segundo período do Reinado de D. Pedro I no Brasil, 1871
História do Brasil de 1831 a 1840, 1879
Nacionalidade da língua e literatura de Portugal e do Brasil, 1884
Memórias do meu tempo, 1897
73. Wolf, Ferdinand: LE BRÉSIL LITTÉRAIRE HISTOIRE DE LA LITTÉRATURE BRÉSILIENNE.Berlin. A. Asher. 1863.
74. Lima. Oliveira: ASPECTOS DA LITTERATURA COLONIAL BRAZILEIRA. Leipzig. F.A. Brockaus. 1896.
Manuel de Oliveira Lima (Recife, 25 de novembro de 1867 — Washington, 24 de março de 1928) foi um escritor, crítico, embaixador do Brasil em diversos países e professor-visitante na Universidade Harvard. Membro-fundador da Academia Brasileira de Letras.
Apaixonado por livros, colecionou-os ao longo de sua vida e montou o terceiro maior acervo sobre o Brasil, perdendo somente para a Biblioteca Nacional do Brasil e para a biblioteca da Universidade de São Paulo. A Biblioteca Oliveira Lima, situada na Universidade Católica de Washington, Estados Unidos, tem 58 mil livros além de correspondência trocada com intelectuais, mais de seicentos quadros e incontáveis álbuns de recortes com notícias de jornais. Faz parte da coleção ainda um dos três bustos de dom Pedro Iesculpido por Marc Ferrez (tio do fotógrafo homônimo), o único dos três feito em bronze.
75. EXERCÍCIOS LITTERARIOS DO CLUB SCIENTIFICO. São Paulo, Dous de Dezembro. 1859.
76. Moraes Filho, Mello: CURSO DE LITTERATURA BRAZILEIRA. Rio de Janeiro. B.L. Garnier, 1882.
77. Pinheiro, Joaquim Caetano Fernandes: CURSO ELEMENTAR DE LITTERATURA NACIONAL. Rio de Janeiro. B.L. Garnier. 1883.
78. Dias, A. Gonçalves: OS TYMBIRAS. POEMA AMERICANO. Leipzig. F.A. Brockaus. 1857.
79. Durão, Fr. José de Santa Rita: CARAMURÚ POEMA EPICO DO DESCUBRIMENTO DA BAHIA. Lisboa. Regia Officina. 1781.
80. Porto.Alegre, M. Ponto de Araújo: BRASILIANAS. Vienna. Imperial e Real. 1863.
81. Souza Cruz e: MISSAL. Rio de Janeiro. Magalhães. 1893.
82. Bopp, Raul: URUCUNGO. Rio de Janeiro. Ariel. 1931.
83. Varnhagen, F.A. de: FLORILEGIO DA POESIA BRASILEIRA. Rio de Janeiro, E. e H. Laermet. 1850.
84. Bilac, Olavo: POESIAS. São Paulo, Teixeira e Irmãos, 1888.
85. Lima, Jorge: POEMAS. Maceió. Casa Trigueiros, 1907. Exmpl. Dedicado a M. Bandeira.
86. PARNASO LUSITANO. Paris. Aillad. 182seis. Seis volumes.
87. Miranda, Doutor Francisco de Sá: AS OBRAS DO SELBRADO LUSITANO. Lisboa, Impressão Régia. 1804.
88. Souza Cruz e: MISSAL. Rio de Janeiro. Magalhães. 1893.
89. Bopp, Raul: URUCUNGO. Rio de Janeiro. Ariel. 1931.
90. Varnhagen, F.A. de: FLORILEGIO DA POESIA BRASILEIRA. Rio de Janeiro, E. e H. Laermet. 1850.
91. Bilac, Olavo: POESIAS. São Paulo, Teixeira e Irmãos, 1888.
92. Lima, Jorge: POEMAS. Maceió. Casa Trigueiros, 1907. Exmpl. Dedicado a M. Bandeira.
93. PARNASO LUSITANO. Paris. Aillad. 182seis. Seis volumes.
94. Miranda, Doutor Francisco de Sá: AS OBRAS DO SELBRADO LUSITANO. Lisboa, Impressão Régia. 1804.
Moraes, Pe. Jose: HISTORIA DA COMPANHIA DE JESUS NA EXTINTA PROVINCIA DO MARANHÃO E PARÁ. Rio de Janeiro, Typ. do Commercio, 1860.
95. VILLAS BOAS, Manuel do Cenáculo DISPOSIÇÃO DO SUPERIOR PROVINCIAL PARA A OBSERVANCIA REGULAR E LITERARIA DA CONGREGAÇÃO DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO FRANCISCO DESTES REINOS. Lisboa, Regia, 1790
96. Oliveira, Helvecio de - AS MISSÕES SALESIANAS EM MATTO GROSSO. 1894-1908. São Paulo, Salesianas, 1908.
97. COLECCION GENERAL DE LAS PROVIDESNCIAS HASTA AQUI TOMADAS POR EL GOBIERNO. Sobre el estranamiento y ocupacion de temporalidades de los regulares de la Compania que existiam en los Dominios de S.M. Espana, Indias e Islas Filipinas. Madrid, Real Gazeta, 1767.
98. Monteiro, Dr. João: DISCURSOS. São Paulo, Typ. Industrial de São Paulo, 1897.
99. Badaró, F.: L'ÉGLISE AU BRÉISL PENDANT L'EMPIRE ET PENDANT LA RÉPUBLIQUE. Roma, Bontempelli, 1895.
100. Nogueira, Antonio Luiz Ramos: REVOLUÇÃO RELIGIOSA DO BRAZIL E RUINAS DA PATRIA. Rio de Janeiro, Typ. Caiçara, 1880.
101. Roquette, J.I.: CARTAS SELECTAS DO PADRE ANTONIO VIEIRA. Pariz, J.P. Aillaud, 1856.
102. Carel, L'Abbé E.: VIEIRA SA VIE ET SES OEUVRES. Paris, Gaume, 1879.
103. VITA DEL VENERABIL SERVO DI DIO P. GIUSEPPE ANCHIETA. Della Companhia di Gesu de Hol'Apostolo del Brasile. Roma, Komarek, 1738.
104. Jesus, Fr. Raphael: CASTRIOTO LUSITANO OU HISTORIA DA GUERRA ENTRE BRAZIL E A HOLLANDA DURANTE OS ANNOS DE 1624 A 1654. Dedicada do Senhor Dom Pedro II. Pariz, J.P. Aillaud, 1844.
105. Deos, Fr. Gaspar da Madre de Deus: MEMORIAS PARA A HISTORIA DA CAPITANIA DE SÃO VICENTE HOJE PROVINCIA DE SÃO PAULO DO IMPERIO DO BRASIL. Rio de Janeiro, Agostinho de Freitas Guimaraes, 1847.
106. Colbacchini, D. Antonio: I BOROROSORIENTALI ORARIMUGUDOGE DEL MATTO GROSSO. Torino, Società Edrice Internazionale, s/data.
107. Azevedo, D. Joaquim: CHRONOLOGIA DOS SUMMOS PONTIFICOS ROMANOS. Lisboa, Regia, 1789
108. GALERIA DAS ORDENS RELIGIOSAS E MILITARES DESDE AS MAIS REMOTA ANTIGUIDADE ATE NOSSO DIAS. Ilustr. Porto, Typ. Formosa, 1843.
109. Sequeira, Sr. D. Fr. Lopo de: CONSTITUIÇÕES SYNODAIS DO BISPADO DE PORTALEGRE. Portalegre, Jorge Roiz, 1632.
110. Filippo, Padre João: ADDITAMENTO A JUSTIFICAÇÃO DA CRENÇA CATHOLICA E ESPIRITISMO PROTESTANTISMOS POSITIVISMO E MATERIALISMO. Guaratingueta, Norte de São Paulo, 1886.
111. Cunha, Hygino: HISTORIA DAS RELIGIÕES DO PIAUHY. Theresina, Papelaria Piauhyense, 1924.
112. Seixas, Dom Romualdo Antonio de: COLLEÇÃO DAS OBRAS. Pernambuco, Typ. de Santos e Companhia, 1839
113. Vieira:Antonio: ARTE DE FURTAR. Espelho de Enganos Theatro de Verdades. Amsterdam, Martinho Schagen, 1744
Monumento da prosa barroca, a Arte de Furtar, hoje dominantemente atribuída ao jesuíta Padre Manuel da Costa (1601-1667), é uma das obras emblemáticas do período daRestauração e o ponto mais alto da literatura portuguesa de costumes dos séculos XVI a XVIII. A sua redacção ocorreu, como se depreende do texto, em 1652, ou seja, ainda em vida de D. João IV, ao qual foi oferecida pelo autor, embora só quase um século depois tenha sido impressa.
Aquela que é considerada a "edição princeps" da obra apresenta o seguinte título: Arte de Furtar,/ Espelho de Enganos,/ Theatro de Verdades,/ Mostrador de Horas Minguadas,/ Gazua Geral/ Dos Reynos de Portugal./ Offerecida a Elrey/ Nosso Senhor/ D. João IV./ Para Que A Emende. Indica seguidamente ter sido «Composta pelo/ Padre António Vieira,/ Zeloso da Patria» e impressa em «Amsterdam,/ na Officina Elvizeriana 1652». Todavia, a autoria da obra, o local e o ano de impressão, bem como o impressor aí indicados são falsos (a oficina tipográfia é duplamente falsa, pois o seu nome deveria correctamente escrever-se "Elzeviriana", mas tudo indica tratar-se dum erro propositado). De facto, o manuscrito, composto em 1652, manteve-se inédito durante mais de noventa anos, não sendo de excluir absolutamente que durante esse período possam ter sido feitas algumas cópias. A obra teve, enfim, a sua primeira impressão em 1743 ou 1744, em Lisboa, pelo livreiro genovês João Baptista Lerzo, dono de uma tipografia no sítio do Loreto, actual Largo de Camões [1].
Sempre estivemos atentos a obra “Arte de Furtar”, talvez pelo péssimo hábito de ouvirmos críticas ao que se lança para trabalhar em nome de uma camada do povo que o elege. Nesse caso, a curiosidade de todos acaba por enaltecer o livro que por muito tempo atribuiu-se a Padre Vieira. Não é dele, mas todas as vezes que alguém comentar essa obra fatalmente estará junto do texto o nome de Vieira. Está claro que em sua edição original com a gravura estampada logo na portada da obra retratando o famoso padre só pode ser considerada raríssima. Nosso exemplar, em ótimo estado, conserva a encadernação em cabra da época.
114. Jaboatao, Fr. Antonio de S. maria: CATALOGO GENEALOGICOS DOS PRINCIPAES FAMILIAS. Que procederam de Albuquerques e Cavalcantes em Pernambuco e Caramurus na Bahia. Sem dados bibliográficos.
Catálogo genealógico das principais famílias que procederão de Albuquerques, e Cavalcantes em Pernambuco, e Caramurús na Bahya, tiradas de Memórias, Manuscriptos ãtigos, e fidedignos, authorizaos por algus Escriptores,... por Frei Antonio de S. Maria Jaboatão". 1768. Trabalho manuscrito, original, in-fol, de 546 pp., que ficou inédito até sair publicado pela Revista do Instituto Histórico e Brasileiro, em 1889 (Tomo LII), com 497 páginas.
Qualquer livro que trata do assunto acima é muito cobiçado. Muitos peregrinam pelas livrarias e bibliotecas de todo o mundo tentando encontrar suas razões de existência. Não é filosófico, mas a importância de cada ser humano deve ser conotada daqui para frente. As origens das famílias que disseminaram seus nomes em herdeiros verdadeiros, podem nessas pesquisas, dar essa razão através de obras genealógicas. Nada comum ver exemplares como esse exposto em alfarrabistas. Raro.
115. COMPENDIO HISTORICO DO ESTADO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA NO TEMPO DA INVASÃO DOS DENOMIDADOS JESUITAS E DOS ESTRAGOS FEITOS NAS SCIENCIAS E NOS PROFESSORES E DIRECTORES QUE REGIAM PELAS MAQUINAÇÕES E PUBLICAÇÕES DOS NOVOS ESTUDOS. Lisboa, REgia, 1772
Published under the auspices of the Junta da Providencia Literaria. Authorship attributed to Franciso de Lemos, and João Pereira Ramos de Acevedo Coutinho. Cf. Silva, I.F. da. Obra paradigmática e fundante do mito dos Jesuítas em Portugal e que juntamente com a Relação Abbreviada e a Dedução Chronologica forma uma espécie de trilogia fundamental na sistematização da doutrina antijesuítica pombalina é o Compêndio Histórico do Estado da Universidade de Coimbra editado em 1771. Este diagnóstico da Universidade portuguesa feito por este volumoso relatório antijesuítico sob a supervisão do Marquês de Pombal imputa aos religiosos da Companhia a responsabilidade fundamental pela decadência pedagógica e científica da mais importante instituição de ensino do país em consonância com a ideologia da causalidade única e diabólica que é estruturante do mito.
Vemos por todos os cantos do universo, livros que tratam dos feitos da Companhia de Jesus, no Brasil então nem se fala. Mas, uma obra que antagonicamente, justifica; exatamente o contrario disso ou que relata os prejuízos ao ser humano, inclusive cientifico e intelectual, não é nada comum. Esse exemplar datado ainda da mesma época em que os distúrbios causados pela oposição, a mesma Companhia, liderado pelo influente Marques de Pombal. Não se tem a menor duvida de sua raridade. Não era interessante permitir sua circulação. Raríssimo.
116. Ramos, Mathias Aires: REFLEXÕES SOBRE A VAIDADE DOS HOMENS OU DISCURSOS MORAES SOBRE OS EFFEITOS DA VAIDADE. Lisboa, Francisco Luiz Ameno, 1752.
Esta é a primeira edição desta obra que é a primeira, sobre filosofia, escrita por um brasileiro. Esta obra é intelectualmente apreciada até hoje. Ao Peregrino da América excedem sem dúvida muito em valor literário, em distinção de pensamento e excelência de expressão as Reflexões sobre a vaidade dos homens, de Matias Aires da Silva de Eça, publicada em Lisboa em 1752. Entretanto são quase desconhecidas, mesmo dos eruditos e dos historiadores mais minuciosos da nossa literatura, não obstante o apreço que parece haverem merecido dos contemporâneos, se tal se pode inferir das quatro edições que teve até 1768. Matias Aires nasceu em São Paulo a 27 de março de 1705, de José Ramos da Silva, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Provedor da Casa da Moeda de Lisboa, e de sua mulher D. Catarina de Horta. Não se lhe conhece a data da morte. Na companhia de seus pais foi para Portugal com menos de 12 anos, ali graduou-se de mestre em artes na Universidade de Coimbra e substituiu o pai na Provedoria da Casa da Moeda, e, parece, nunca mais tornou ao Brasil. Seria, pois, um espírito de pura formação portuguesa, apenas melhorando, ou somente modificado, quanto à cultura, pela estadia em França, onde se formou em direito canônico e direito civil. Pode ser estivesse também em outros países europeus.
Qualquer comentário a mais sobre essa obra de Aires ou até mesmo sobre o autor seria mera redundância. Basta vermos que a primeira edição é praticamente inexistente fora de coleções bem preservadas ou em bibliotecas publicas. Fica a classificação de raríssima.
117. Santos, Lery: PANTHEON FLUMINENSE. Rio de Janeiro, G, Leuzinger e Filhos, 1880.
Prezalindo Lery Santos, jornalista e literato, autor de obras didáticas e biográficas
Somente em 1880, detalhes da história textual do "Septenario" vieram pela primeira vez à tona. Lery Santos, no Pantheon Fluminense, informou que na época se publicou a elegia "como obra do célebre e famigerado poetaço Inácio José Ferreira Maranhense."
Essa obra de Lery Santos é rara, pois poucas se preservaram, é cobiçada, não se encontra facilmente em estantes de livrarias alfarrabistas. Raríssimo.
118. Reis, Antonio Manoel dos: O BISPO DE OLINDA. D. Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira perante a Historia. Rio de Janeiro, Gazeta de Noticias, 1878.
Antônio Manoel dos Reis (1840-1889), desde que se matriculou em Direito, na mesma escola de Américo de Campos, até sua formatura, em 1864, colaborou ativamente em jornais e revistas de São Paulo. Foi, além de jornalista, poeta, romancista e biógrafo, sendo autor de vários livros, entusiasticamente acolhidos pela crítica e pelo público.
119. Bispo do Pará: A QUESTÃO RELIGIOSA DO BRAZIL PERANTE A SANTA SÉ OU MISSÃO ESPECIAL A ROMA EM 1873. À luz de documentos publicados e ineditas pelo...
Lisboa, Lallemant Frères, 1886.
Antônio de Macedo Costa, bispo católico brasileiro, [...] foi nomeado em 1860 como Bispo do Pará; depois foi arcebispo da Bahia. Juntamente com D. Vital, bispo de Olinda, iniciou a luta contra o tradicional regalismo da Igreja no Brasil, que tivera como conseqüência a interferência da maçonaria nos sodalícios (irmandades e ordens terceiras). Suspendeu padres maçons e interditou a atividade dos leigos maçons nas irmandades. Foi atitude de oposição ao governo, sendo o Primeiro-Ministro, Visconde do Rio Branco, Grão-Mestre da Maçonaria. A Questão dos bispos, nome dado a essa disputa, durou de 1873 a 1875. O Imperador D. Pedro II tomou o partido de Rio Branco. Os bispos foram presos, processados e condenados a quatro anos de prisão com trabalhos forçados, depois recolhidos, para prisão simples, na fortaleza da ilha das Cobras e, enfim, anistiados. D. Macedo Costa foi notável pregador e escritor
Tudo que se refere às questões religiosas entre política e igreja é nitidamente básico para quem pretende se informar sobre questões de história do Brasil. Aqui muito do que se vive ainda hoje é fruto de decisões que se tomaram a partir dessas questões. Muitas até relatadas, como na obra do Bispo do Pará, com final drástico, mas que por fim foi amenizada pela decisão da anistia aos bispos. Essas obras são cobiçadas e raríssimas, consideremos também a época desta edição.
Conclusão Final:
Assim como demonstrado acima podemos
perceber que o acervo é realmente uma descoberta e trará a essa vossa entidade,
pesquisadores realmente interessados em trabalhar.
É verdade também, não podemos deixar de salientar que o acervo já tão
enaltecido pela imprensa sempre muito carinhosa e atenciosa virá despertar a
curiosidade de toda a cidade.
Esse lado material é importante e em um montante, como esse, não se pode deixar
de racionalizar.
Sendo essa vossa entidade dedicada a cultura, a educação e a formação de
profissionais, nada como fazer constar de seu já rico acervo mais um ícone
bibliográfico.
Temos hoje um bibliófilo na Academia Brasileira de Letras, teremos um
Bibliófilo também instalado no ................. . O mesmo que José Mindlin já
por diversas vezes indicou ao publico paulistano.